REFLEXÃO PARA A SOLENIDADE DE CRISTO, REI DO UNIVERSO
Cidade do Vaticano, 22 nov (RV) - Jesus é rei, mas de que modo? Seu agir e
suas palavras não deixam dúvidas: seu reino não é como os homens entendem. Ele é um
rei diferente.
Em primeiro lugar, para tê-lo como rei é necessário que as pessoas
tenham fé e exatamente por isso sejam comprometidas com ele. É uma adesão profunda
à sua pessoa e ao seu modo de ser: pacificador, libertador, servidor a ponto de dar
sua vida em favor de seus súditos.
Ele nos diz no versículo 37 do Evangelho
de hoje: “..nasci e vim ao mundo para dar testemunho da verdade”, e a verdade aí significa
“fidelidade plena”. Portanto Jesus é rei para nos testemunhar até o fim, através da
cruz, que o amor de Deus é fiel, que é dom de vida para as pessoas. Em seguida Jesus
fala: “Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz”. Ser da verdade significa
reconhecer a fidelidade de Deus e aderir ao serviço de proclamá-la, se necessário
com o sacrifício da própria vida, como Jesus.
A segunda leitura, tirada do
Apocalipse, diz que “Jesus é a testemunha fiel, o primeiro a ressuscitar dentre os
mortos”. Jesus confirma a fidelidade do Pai e sua primazia em ser o primeiro dos homens
novos, da nova humanidade, descentralizada de si mesma, mas voltada para o serviço,
para a luta pela dignidade do ser humano, mesmo que para isso tenha de se sacrificar.
Concluindo
nossa reflexão, celebrar Jesus Cristo, Rei do Universo, não é celebrar um poder que
subjuga pessoas e se faz servir, mas, pelo contrário, é celebrar um rei que respeita
e adora Deus-Pai e, por isso mesmo, coloca-se a seu serviço, no serviço do ser humano,
lutando para que este seja mais fraterno, mais parecido com o próprio Deus. Ser súdito
de Cristo é deixar-se elevar à dignidade de filho de Deus, de companheiro do Rei.
É deixar os andrajos de escravo e revestir-se das vestes reais da justiça, da verdade
e da paz. (CAS)