IGREJAS PEDEM QUE ISRAEL ANULE EXPANSÃO DE ASSENTAMENTO IRREGULAR
Genebra, 21 nov (RV) - O Conselho Mundial de Igrejas divulgou uma declaração
contra a decisão do governo de Israel de construir mais 900 casas no assentamento
de Gilo, que fica em território ocupado, reivindicado pela Autoridade Palestina.
Por meio de seu secretário-geral, Rev. Samuel Kobia, o Conselho pede a mobilização
das Igrejas e de outros parceiros ecumênicos para que pressionem o governo israelense
a mudar sua decisão.
Ao expressar grande desapontamento, o Conselho afirma
que esta decisão pode não somente impedir a retomada das negociações de paz, mas destruir
qualquer oportunidade de paz.
O governo israelense anunciou na terça-feira
a autorização para construir mais 900 casas no assentamento de Gilo, território tomado
por Israel em 1967. Quase 500 mil judeus vivem atualmente em mais de cem assentamentos
construídos em territórios ocupados.
Ontem, o presidente Luiz Inácio Lula
da Silva recebeu em Salvador o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP),
Mahmoud Abbas, de quem ouviu um pedido veemente de ajuda à implementação da paz no
Oriente Médio.
Em resposta, o presidente brasileiro condenou a situação de
conflito que envolve palestinos e israelenses e afirmou que o Brasil tem interesse
em participar mais firmemente das discussões pela paz. Lula observou que "não é possível
que os interesses de uma minoria se sobreponham aos interesses gerais". (BF)