BISPOS AFRICANOS PEDEM MAIS EMPENHO NA LUTA CONTRA AIDS
Acra, 21 nov (RV) - Apenas um terço das pessoas infectadas com o vírus HIV/AIDS
recebe tratamento apropriado. A cada duas pessoas tratadas, há cinco que são infectadas
com o vírus. Esta é a denúncia contida na mensagem dos bispos africanos reunidos no
Simpósio das Conferências Episcopais da África e Madagáscar (SECAM), por ocasião do
Dia Mundial de Luta contra a AIDS, em 1º de dezembro.
Os bispos africanos pedem
apoio para ajudar a população doente: "O vírus HIV e a AIDS não desapareceram, apesar
de alguns comentários afirmarem o contrário. A ideia de que o tratamento está disponível
é falsa" – referem os bispos na declaração, assinada pelo presidente da SECAM, o Cardeal
Polycarp Pengo, arcebispo de Dar es Salaam (Tanzânia).
O número de órfãos,
pessoas vulneráveis e crianças infectadas está aumentando, denunciam, enquanto "o
estigma social é ainda um inimigo poderoso". Para inverter esta tendência, é preciso
reconhecer o impacto da guerra, da fraqueza dos Estados africanos, da desigualdade
entre homens e mulheres e da devastação provocada pelas mudanças climáticas; e enfrentá-los
de maneira eficaz.
"Enquanto a atenção oficial diminui – escrevem os prelados
–, nós expressamos a nossa determinação pastoral em dar respostas adequadas, porque
o continente africano permanece o mais atingido."
Os bispos recordam as palavras
de Bento XVI por ocasião da visita pastoral à África, e reafirmaram que este é um
problema que não se pode resolver apenas com a distribuição de preservativos: "Somente
uma estratégia baseada na educação das pessoas para uma responsabilidade individual,
num contexto moral e integral da sexualidade humana, especialmente através da fidelidade
conjugal, poderá causar um impacto real na prevenção desta doença".
E concluem
com um apelo aos jovens: "Não se deixem enganar. A abstinência é a melhor prevenção".
(BF)