PAPA ÀS UNIVERSIDADES CATÓLICAS: SUPERAR A DISTÂNCIA ENTRE FÉ E CULTURA
Cidade do Vaticano, 19 nov (RV) - Bento XVI recebeu nesta manhã em audiência
os participantes da Assembléia da Federação Internacional das Universidades Católicas
(FIUC), junto aos reitores, docentes e estudantes dos Ateneus Pontifícios de Roma.
Em
seu discurso, o pontífice destacou que o papel das universidades católicas é insubstituível
e convidou-as à promoção de um saber iluminado pela fé capaz de orientar o homem na
compreensão de si mesmo.
Na ocasião da audiência papal desta manhã, na Sala
Paulo VI, no Vaticano, recordou-se o trabalho desenvolvido com comprometimento no
ensino, estudo e pesquisa pelas 400 Faculdades eclesiásticas e mais de 1300 Ateneus
católicos, espalhados pelo mundo. O precioso serviço prestado por tais instituições
é dedicado à formação de homens e mulheres prontos para testemunhar a própria fé no
mundo e assumir tarefas de responsabilidade na sociedade.
É urgente "superar
a distância entre a fé e a cultura" – como recorda a Constituição Apostólica Sapientia
Christiana – conscientes que "a Revelação cristã – como ressaltou o Santo Padre –
é uma força transformadora, destinada a permear os modos de pensar, os critérios de
discernimento e as normas de ação".
"Na sociedade atual, onde o conhecimento
torna-se sempre mais especializado e setorial, mas é profundamente marcado pelo relativismo,
faz-se ainda mais necessário abrir-se à 'sabedoria' que vem do Evangelho."
"O
homem, de fato, é incapaz de compreender plenamente a si mesmo e o mundo sem Jesus
Cristo."
"È importante para todos, docentes e estudantes, nunca perder de vista
o fim a seguir, ou seja, o de ser instrumento do anúncio evangélico."
Em particular,
o papa recomendou que o estudo das ciências sacras não seja "nunca separado da oração,
da união com Deus, da contemplação" para evitar que as reflexões sobre os mistérios
divinos se transformem em "um vão exercício intelectual".
Bento XVI lamentou
"uma cultura que manifesta falta de sabedoria, de reflexão, de pensamento que realize
uma síntese orientadora". Por isso incentivou as universidades católicas à promoção
de "uma nova síntese humanística":
"… um saber que seja sabedoria capaz de
orientar o homem à luz dos princípios fundamentais e de seus fins últimos, um saber
iluminado pela fé." (RD)