Conferência Episcopal de Moçambique dirigiu um apelo à reconciliação fundada no perdão
(18/11/2009) Para responder à mensagem que os Padres Sinodais dirigiram à África,
é preciso, em primeiro lugar, aproximar-se do sacramento da reconciliação. É o que
escrevem os bispos de Moçambique, em comunicado publicado no final de sua II Assembleia
Plenária, concluída no passado dia 7 de Novembro. Durante a Plenária, os bispos
ouviram os participantes moçambicanos no Sínodo para a África, e para colocar em prática
as conclusões sinodais, a Conferência Episcopal dirigiu um apelo à reconciliação fundada
no perdão: "No caminho da reconciliação está o perdão – não há reconciliação sem perdão.
O verdadeiro perdão transforma os inimigos em amigos, as vítimas em irmãos e irmãs.
Este é o caminho para acabar com os ódios, as vinganças e as guerras". Sobre as
recentes eleições políticas e presidenciais moçambicanas, os bispos expressam satisfação
pela sua realização pacífica. Todavia, os prelados recordam que "apesar dos resultados
finais serem evidentes e indiscutíveis, lamentam que as garantias para eleições livres,
justas e transparentes tenham sido frustradas em muitos lugares, por irregularidades
que não ajudam a boa formação política do povo moçambicano. Por isso temos de continuar
a trabalhar pelo crescimento da consciência da cidadania e pela responsabilidade social
e política de cada cidadão". Os bispos de Moçambique indicam que Jesus Cristo
é a prioridade: "É o maior bem que podemos oferecer aos povos da África. Na África
há muitas carências, muitas doenças, muita ignorância, muita exploração da fraqueza
das pessoas… É verdade. E há um povo que anseia por superar a miséria, as doenças,
a ignorância, a falsidade, a opressão… 'Cristo é a Verdade que te libertará' – África,
Cristo vem ao teu encontro".