Madri, 16 nov (RV) – Segundo o 3º Relatório do Observatório da Realidade da
Caritas espanhola, os apelos à Cáritas aumentaram 40,7% no primeiro semestre de 2009,
num total 250 mil novas pessoas, em relação ao ano anterior. Os pedidos são principalmente
de alimentos, 58%. As ajudas econômicas da Caritas também aumentaram 44,9% para moradia,
problemas de de hipotecas, dívidas de aluguéis etc.
A coordenadora da Área
de Análise Social e Desenvolvimento da Caritas espanhola, Ana Abril Fernández, explicou
que “a crise é uma das principais causa” e que esta “revelou novas formas de pobreza
pois houve muita gente que foi pela primeira vez à Caritas afetada principalmente
pelo desemprego”.
Neste sentido, também variou o perfil dos demandantes de
ajuda e os principais são os jovens em busca do primeiro emprego, os desempregados
com mais de 45 anos, os desempregados procedentes da construção civil, hotelaria e
indústria, as famílias jovens com crianças pequenas, as mulheres sozinhas com cargas
familiares e os homens divorciados.
Além disso, Ana Abril destacou a situação
dos imigrantes, que “enfrentam problemas como o endurecimento das condições administrativas,
quando são direitos fundamentais”, e assinalou que “não se está dando um número importante
de retornos através dos programas do Governo, mas sim a título pessoal, devido às
condições que se estabelecem e aos longos tempos de espera”.
Quanto ao ano
2008, o presidente da Caritas Espanha, Rafael del Río Sandino, indicou que “contam
com quase 57.000 voluntários, que aumentaram com respeito a 2007 e com 4.621 pessoas
contratadas”, ao tempo que destacou que “nesse ano sua ajuda chegou a 1,28 milhões
de euros para pessoas necessitadas na Espanha e a 7,82 milhões de euros fora do país”.
(SP)