2009-11-13 13:10:46

SUDÃO: IGREJA DENUNCIA CLIMA DE "GUERRA FRIA"


Rumbeck, 13 nov (RV) – Se o governo sudanês não se comprometer a garantir a segurança e a preparar os cidadãos às eleições gerais de 2010, também o referendum sobre a independência do Sul do Sudão, em 2011, corre o risco de falir. Foi o que denunciou o bispo de Rumbeck no sul do Sudão. Numa declaração divulgada nos dias passados e retomada pela agência católica africana CISA, o bispo comboniano revela que a região “se encontra não em uma, mas em diversas crises”. Ele denuncia em particular o clima de “guerra fria” e de “crescente insegurança, instabilidade e brutal violência” que continua a atingir sobretudo essa parte do país, afligido por um “alarmante crescimento da criminalidade e da pobreza”.

O que preocupa Dom Mazzolari é o adiamento para 2010 das eleições gerais, previstas inicialmente para o último mês de julho. Segundo o bispo, isso revela a “falta de preparação” do governo e a sua vontade de impedir a realização de “justas e livres eleições” no Sudão: “Com as suas ações os líderes do governo de Cartum demonstraram que não são confiáveis. É evidente que este regime opressivo respeitará somente com as palavras as disposições do Comprehensive Peace Agreement (CPA), o acordo de paz assinado em Nairobi em 2005 entre o governo e os rebeldes do SPLA, após mais de vinte anos de guerra civil, e fará de modo que nenhuma ação seja tomada até quando povo do sul do Sudão não poderá mais reagir e realizar o seu sonho.

“Se os contínuos adiamentos e a falta de meios, como também as violentas intimidações das milícias repercutirem sobre as eleições –é a advertência de Dom Mazzolari – também o referendo para a independência será atingido”. O prelado faz então um apelo aos artífices dos acordos de paz, aos países africanos membros da Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento e a toda a comunidade internacional a verificar a sua plena atuação e em particular que os cidadãos sejam adequadamente preparados para o voto para garantir “um processo democrático justo, livre e seguro”. (SP)







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