2009-11-13 20:45:39

BENTO XVI AO "COR UNUM": TESTEMUNHAR A CARIDADE DE CRISTO É TAMBÉM DESPERTAR AS CONSCIÊNCIAS


Cidade do Vaticano, 13 nov (RV) - O Objetivo principal de quem atua na caridade é fazer conhecer a Face misericordiosa de Deus que quer salvar o homem em todas as suas dimensões – terrenas e espirituais – é defender os verdadeiros direitos humanos e despertar as consciências: foi o que ressaltou o pontífice, esta manhã, recebendo, na Sala do Consistório, no Vaticano, os participantes da plenária do Pontifício Conselho "Cor Unum", que está se realizando nestes dias com o tema "Percursos formativos para os agentes da caridade".

O pensamento do papa dirigiu-se, em primeiro lugar, aos numerosos fiéis que "em todas as partes do mundo, doam, com generosidade e dedicação, o seu tempo e as suas energias a testemunhar o amor de Cristo, Bom Samaritano, que se inclina sobre os necessitados no corpo e no espírito".

Em seguida, recordando que "a caridade pertence à própria natureza da Igreja", ressaltou que ela "em seu anúncio salvífico, não pode prescindir das condições concretas de vida dos homens, aos quais é enviada":

"O agir para melhorar essas condições concretas de vida diz respeito à sua própria vida e à sua missão, porque a salvação de Cristo é integral e concerne ao homem em todas as suas dimensões: física, espiritual, social e cultural, terrena e celeste. Justamente dessa consciência nasceram, ao longo dos séculos, muitas obras e estruturas eclesiais finalizadas à promoção das pessoas e dos povos, que deram e continuam oferecendo uma contribuição insubstituível para o crescimento, o desenvolvimento harmônico e integral do ser humano."

E faz parte do "testemunho da caridade de Cristo" contribuir "para construir uma ordem justa na sociedade" como fazem muitos fiéis desenvolvendo "uma profícua ação no campo econômico, social e legislativo e cultural" e "participando em primeira pessoa da vida pública" em vista do bem comum:

"Certamente, não compete à Igreja intervir diretamente na política dos Estados ou na construção de estruturas ou políticas adequadas. A Igreja, com o anúncio do Evangelho, abre o coração para Deus e para o próximo e desperta as consciências. Com a força de seu anúncio defende os verdadeiros direitos humanos e se empenha pela justiça. A fé é uma força espiritual que purifica a razão na busca de uma ordem justa, libertando-a do risco sempre presente de ser "ofuscada" pelo egoísmo, pelo interesse e pelo poder."

"Na realidade, como mostra a experiência – acrescentou o pontífice – também nas sociedades mais evoluídas do ponto de vista social, a caritas permanece sendo necessária:

"O serviço do amor jamais se torna supérfluo, não somente porque a alma humana sempre precisa, além das coisas materiais, também do amor, também porque permanecem situações de sofrimento, de solidão, de necessidade, que requerem dedicação pessoal e ajudas concretas."

O principal objetivo de quem "presta o seu serviço em organismos eclesiais que administram iniciativas e obras de caridade" deve ser o seguinte:

"Fazer conhecer e experimentar a Face misericordiosa do Pai celeste, porque no coração de Deus Amor está a resposta às verdadeiras expectativas mais íntimas de todo coração humano. Como é necessário para os cristãos manter o olhar fixo na Face de Cristo! Somente n'Ele, plenamente Deus e plenamente homem, podemos contemplar o Pai (cfr Jo 17, 9) e experimentar a sua infinita misericórdia!" (RL)







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