2009-11-12 10:33:11

Garantir a liberdade religiosa sem nenhuma restrição, foi o pedido do observador permanente da Santa Sé junto das Nações Unidas.



(12/11/2009) A manipulação e o uso das religiões para fins políticos tornam o diálogo interreligioso um imperativo. Devem ser investigados os pilares teológicos dos vários credos religiosos, para promover uma compreensão recíproca Foi o que afirmou terça feira em Nova Iorque, durante a 64ª assembleia geral da ONU o observador permanente da Santa Sé junto das Nações Unidas o arcebispo Celestino Migliore.
Há um século e meio, no inicio da revolução industrial, a religião era definida “o ópio dos povos”. Hoje, no contexto da globalização, é considerada cada vez mais “ a vitima dos pobres”. O contributo único das religiões, o diálogo e a cooperação- sublinhou D. Migliore – levam a elevar o espírito, a tutelar a vida, a responsabilizar os débeis. Contribuem para traduzir os ideais em acção, purificar as instituições, encontrar soluções para as injustiças e superar situações de conflito através da reconciliação.
É sabido – observou o prelado – que ao longo da historia, pessoas e lideres manipularam as a religiões. Da mesma maneira, movimentos ideológicos e nacionalistas viram nas diferenças religiosas uma oportunidade para recolher consensos. Recentemente, a manipulação e o uso não correcto da religião para fins políticos levaram a um debate nas Nações Unidas.
A Santa Sé efectuou uma serie de iniciativas para promover o diálogo entre confissões cristãs, com hebreus, budistas e hindus.
Este empenho tem como objectivo favorecer um maior respeito, uma compreensão e cooperação entre crentes de várias denominações. Tal empenho encoraja o estudo das religiões e promove a formação de pessoas empenhadas no diálogo. Os recentes acontecimentos sociais e políticos renovaram o empenho das Nações Unidas a integrar a reflexão para a construção de uma cultura baseada na compreensão interreligiosa.
Objectivo das Nações Unidas – concluiu o arcebispo Celestino Migliore – consiste em solicitar todos os segmentos da sociedade a reconhecer, a respeitar e a promover os direitos de cada pessoa. Tarefa da ONU é ajudar os Estados a assegurar plenamente, a todos os níveis, a actuação do direito á liberdade religiosa. Um empenho, reafirmado nos documentos das Nações Unidas que fazem referencia ao pleno respeito pela promoção não só da fundamental liberdade de consciência, mas também á pratica religiosa sem nenhuma restrição








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