2009-11-10 18:20:11

IGREJA CELEBRA SÃO LEÃO MAGNO, PAPA E DOUTOR DA IGREJA


Cidade do Vaticano, 10 nov (RV) - A Igreja celebra, nesta terça-feira, São Leão Magno, um dos maiores pontífices da história. Na audiência geral de 5 de março de 2008, cuja catequese foi dedicada ao doutor da Igreja, Bento XVI ressaltou a contribuição que o Papa Leão deu à autoridade do Bispo de Roma.

Promotor da paz, soube em tempos difíceis fazer-se próximo aos fiéis com a ação pastoral e a pregação. Servidor da Verdade na Caridade, "mediante um exercício assíduo da palavra, que o mostra ao mesmo tempo teólogo e pastor": de fato, assim Bento XVI define São Leão Magno, Bispo de Roma em tempos difíceis caracterizados pelo repetir-se de invasões dos bárbaros e pelo progressivo enfraquecimento, no Ocidente, da autoridade imperial.

No ano 452, em Mantova – norte da Itália – o Papa Leão foi ao encontro de Átila e somente com a força do Evangelho o convenceu a não prosseguir a guerra de invasão. Com isso, Roma foi poupada, sendo esse episódio "um sinal emblemático da ação de paz desempenhada pelo pontífice".

No ano anterior deu-se outro evento memorável ligado a São Leão Magno. O papa convocou o Concílio de Calcedônia, "a mais importante assembléia até então celebrada na história da Igreja".

O encontro conciliar afirmou a fé em Jesus Cristo verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, repelindo a heresia que negava a verdadeira natureza humana do Filho de Deus – recordou Bento XVI:

"Sobretudo nesse pronunciamento, e em outros realizados durante a controvérsia cristológica daqueles anos, resulta com evidência como o papa percebeu com particular urgência as responsabilidade do Sucessor de Pedro, cujo papel é único na Igreja, porque "a um só apóstolo é confiado aquilo que a todos os apóstolos é comunicado", como afirma Leão num de seus sermões para a festa dos Santos apóstolos Pedro e Paulo (...) Mostrava desse modo como o exercício do primado romano era então necessário, como o é também hoje, para servir eficazmente a comunhão, característica da única Igreja de Cristo."

Em seu longo pontificado, que durou mais de vinte e um anos, o Papa Leão deixou-nos quase cem sermões e cento e cinquenta cartas que mostram toda a sua grandeza. Ele foi o primeiro papa "cuja pregação dirigida ao povo chegou até nós". Trata-se dos fiéis que se reuniam em torno dele durante as celebrações – recordou Bento XVI.

Ademais, São Leão Magno "impulsionou a caridade numa Roma provada pelas penúrias, pelo afluxo de refugiados, pelas injustiças e pela pobreza".

Ao mesmo tempo, contrastou as superstições pagãs e uniu a liturgia à vida cotidiana dos cristãos. Uma herança mais do que nunca atual – ressaltou o papa:

"Em particular, Leão Magno ensinou a seus fiéis – e ainda hoje as suas palavras valem também para nós – que a liturgia cristã não é a recordação de eventos passados, mas a atualização de realidades invisíveis que agem na vida de cada um (...) Ele foi um grande portador de paz e de amor. Mostra-nos assim o caminho: na fé aprendemos a caridade. Portanto , aprendemos com São Leão Magno a acreditar em Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, e a realizar essa fé a cada dia na ação pela paz e no amor pelo próximo." (RL)







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