Havana, 07 nov (RV) - O Presidente do Pontifício Conselho das Comunicações
Sociais, o Arcebispo Cláudio Maria Celli, em viagem nesses dias a Cuba, durante a
conferência “Igreja, Comunicação e cultura digital”, recordou que “a comunicação para
a Igreja não pode ser um fenômeno externo e episódico, mas se trata de algo próprio
do seu ser e agir. Tanto a comunicação interna quanto a externa, dirigida à sociedade,
pertencem ao seu DNA”.
O Arcebispo foi convidado pela Conferência dos Bispos
de Cuba para uma visita à ilha que dura até domingo e inclui a participação na Reunião
Plenária dos Bispos e um encontro com os membros da Comissão Episcopal para os Meios
de Comunicação Social.
Dom Celli, depois de expor as vantagens e os riscos
das novas tecnologias, passou a analisar a realidade cubana, onde o acesso às “novas
mídias” é um processo novo e ainda pouco desenvolvido. “Ainda que o nível de instrução
da população seja muito alto e a televisão e a telefonia tenham se instalado antes
mesmo do que na Europa – recorda – há, porém, muitas limitações ao acesso à internet
e à telefonia celular. Espera-se que, como em outras áreas do mundo, estas novas tecnologias
sejam incorporadas gradualmente no uso quotidiano dos cidadãos”.
O processo
de desenvolvimento e difusão das novas tecnologias – lembrou Dom Celli – deve encontrar
a Igreja preparada. Neste aspecto, o arcebispo evidenciou a vivacidade da pastoral
da comunicação nas dioceses de Cuba, a qual tem sabido manter vivos os vínculos internos
graças ao uso criativo de todos os meios à disposição, como revistas e sites.
O
presidente do Pontifício Conselho convidou todos os participantes do encontro a promover
espaços de formação para a comunicação e para a colaboração em rede. Por fim, concluiu:
“Ainda que não pareça – disse o arcebispo – na cultura digital não é importante somente
o uso da tecnologia, mas também pessoas capazes de bem expressar o conteúdo nestas
novas linguagens”. (RD)