Pequim, 03 nov (RV) – “As Igrejas da China devem ter um papel importante no
âmbito da comunhão fraterna das 349 Igrejas mundiais que fazem parte do Conselho Mundial
de Igrejas”: foi o que disse o Secretário-Geral do mesmo Conselho, Pastor Samuel Kobia.
Encontrando o presidente do Conselho de Igrejas da China, o Pastor Gao Feng em Pequim,
o Pastor Kobia sublinhou que devido ao papel atual da China no cenário internacional,
não é somente no plano político e econômico que o país tem um peso importante.
“Um
dos problemas é que devemos formar mais pastores”, disse Gao Feng, declarando que
em alguns lugares existem comunidades de pelo menos 40 mil cristãos que não possuem
um pastor. Por isso, as Igrejas tiveram que apelar aos leigos, tanto que cerca 150
mil pessoas estão oferecendo a sua contribuição mas sem nenhuma formação teológica.
O
Conselho de Igrejas da China encoraja ainda as Igrejas e os Conselhos locais a comprometerem-se
no âmbito social e comunitário, pois se trata de “um bom meio para proclamar o Evangelho”,
observou o Pastor Feng. O presidente do Conselho de Igrejas da China disse ainda que
um dos desafios que as Igrejas devem enfrentar hoje é a abertura dos jovens que demonstram
interesse pelo cristianismo. “Para nós, a dificuldade é prover às suas necessidades
pastorais”, explicou o Pastor Feng sublinhando que, muitas vezes, alguns jovens começam
a frequentar a Igreja mas deixam de freqüentar se os ensinamentos que a mesma dá não
lhes interessa. “Nas grandes cidades, a mentalidade dos jovens é aberta ao cristianismo
e muitos querem saber mais”, concluiu o Pastor Feng.
Na semana passada o Pastor
Kobia, além da China, visitou também a Coréia do Norte e Pyongyang e se encontrou
com Presidente do da Assembleia Popular Suprema da República Popular Democrática da
Coreia, Kim Yong-nam, que sobre a questão nuclear declarou que um face a face entre
a Coreia do Norte e Estados Unidos poderia contribuir para superar o impasse no qual
se encontra a questão das armas nucleares na região. (SP)