Partido no poder em Moçambique reforça maioria no futuro Parlamento
(2/11/2009) A Frelimo pode ter 194 dos 250 lugares na futura Assembleia da República
de Moçambique, o que significaria um reforço da maioria de 160 da anterior legislatura,
indica uma estimativa da organização não-governamental Centro de Integridade Pública
e da Associação dos Parlamentares Europeus para a África.
A Renamo, com 48
deputados, mantêm-se como principal força da oposição, apesar do forte recuo face
aos 90 que elegeu há cinco anos. O novo Movimento Democrático de Moçambique (MDM),
do também candidato presidencial Daviz Simango, deve eleger oito parlamentares nas
eleições de quarta-feira passada.
A estimativa tem como base a contagem provisória
de 72 por cento das assembleias de voto e considera apenas os 11 círculos eleitorais
de Moçambique, onde se prevê a eleição de 192 deputados da Frelimo. A esses somam-se
os dois eleitos pela emigração, onde o partido no poder foi o mais votado.
O
MDM, cujas candidaturas foram apenas aceites em quatro dos 13 círculos eleitorais,
terá, segundo a estimativa, cinco deputados pela província de Sofala, onde Simango
preside ao município da Beira, e três por Maputo-Cidade. A estimativa do Centro de
Integridade Pública indica, tendo em conta o voto presidencial em Simango, que se
tivesse podido concorrer em todo o país, o MDM elegeria mais nove deputados.