Santa Sé volta a defender liberdade de movimentação das pessoas
(31/10/2009) “Mediterrâneo, mar dos direitos violados”. Este foi o tópico da conferência
proferida quinta feira pelo arcebispo Agostino Marchetto num congresso na Pontifícia
Universidade Gregoriana. Dom Agostino é o secretário do Pontifício Conselho da Pastoral
para os Migrantes e os Itinerantes.
“Os países europeus consideram o Mediterrâneo
como um mar de sua exclusiva propriedade; limitaram, ou em certos casos suprimiram,
a possibilidade de entrada legal nos seus territórios. Sendo assim, quem quer emigrar
deve obrigatoriamente percorrer a via do tráfico e do contrabando de seres humanos”.
Na sua palestra, o arcebispo recordou que os países deveriam respeitar
a Convenção de Genebra de 1951 sobre o status do refugiado, os tratados internos de
extradição, transito e readmissão de cidadãos estrangeiros e asilo (como a Convenção
de Dublin, de 1990, e a Declaração dos Direitos Humanos, de 1950.
Tais
documentos estabelecem que “ninguém pode ser transferido, expulso ou extraditado para
um país em que exista risco de ser condenado à morte, torturado ou submetido a qualquer
forma de punição ou tratamento degradante ou desumano. No entanto – salientou – estas
convenções são violadas”.
Entretanto, jafoi anunciada a conferencia de
imprensa para a apresentação do VI Congresso Mundial da Pastoral para os Migrantes
e os Refugiados, que terá como tema “Uma resposta pastoral ao fenómeno migratório
na era da globalização”.
O Congresso será de 9 a 12 de Novembro, no Vaticano.
A apresentação aos jornalistas terá a presença de Dom António Maria Vegliò, presidente
do Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes, do secretário,
Dom Agostinho Marchetto, entre outros.