2009-10-28 20:13:28

NÚNCIO APOSTÓLICO NA POLÔNIA RECORDA PIO XI, A 70 ANOS DE SUA MORTE


Cidade do Vaticano, 28 out (RV) - "Servo fiel, prudente e bom": com essas palavras, o núncio apostólico na Polônia, Dom Jozef Kowalczyk, traçou a figura do Papa Pio XI na homilia da missa celebrada para recordar o 90º aniversário de consagração episcopal de Achille Ratti (nome de batismo de Pio XI) – ocorrida no dia 28 de outubro de 1919 – e os 70 anos de sua morte. A missa foi celebrada na manhã de domingo, dia 25, na Basílica paroquial de Desio – terra natal de Pio XI – localizada na província de Monza e Brianza, norte da Itália.

Na parte da tarde, durante a apresentação do livro "Achille Ratti, o sacerdote alpinista que se tornou papa", de Domenico Ranzoni, Dom Kowalczyk o definira "bispo polonês que considerava a Polônia a sua segunda pátria".

Inspirando-se na reflexão de Bento XVI sobre as características do bispo, feita semanas atrás durante a consagração de alguns novos prelados, Dom Kowalczyk identificou na história de Achille Ratti – núncio na Polônia antes de tornar-se Papa Pio XI – a fidelidade, a prudência e a bondade.

"Um servo é fiel na medida em que sabe custodiar os bens preciosos que não são seus: em primeiro lugar, a fé e os ensinamentos de Jesus" – disse Dom Kowalczyk.
-Naquele particular momento histórico, no fim da I Guerra Mundial, ele soube enfrentar os poderosos da terra "colocando a fidelidade a Cristo acima de toda reverência humana".

Outra virtude fundamental foi a prudência, isto é, "a capacidade de conduzir a ação segundo a reta razão"; uma característica que serviu para combater "os demônios, cobras e venenos" contra os quais teve que lutar: o ódio entre os povos, o drama da opressão que havia impedido à Polônia viver como nação livre e, sobretudo, o nacionalismo, "que tendia insinuar-se também na vida religiosa e nos próprios homens de Igreja, com a tentação de instrumentalizar a fé cristã para seus fins" – observou o núncio na Polônia.

Venenos que como papa teve que afrontar de modo mais trágico: o nazismo, o comunismo e o nacionalismo. "Prudência que não foi sinônimo de cautela ou temor", mas "olhar lúcido sobre a realidade" e atitude ponderada nos momentos de falar e agir, "denunciando com coragem, diante do mundo, os perigos que o homem de seu tempo corria".

Por fim, Dom Kowalczyk recordou a bondade de Pio XI, igual à bondade dos pais de família que são rígidos, quando necessário, e, ao mesmo tempo, completamente dedicados ao bem das pessoas que lhes são caras.

Portanto, Pio XI é um exemplo porque testemunho de resposta "com generosidade e sem medo" ao chamado de amor de Deus – ponderou o núncio apostólico. (RL)







All the contents on this site are copyrighted ©.