2009-10-22 20:15:59

CARITAS INTERNACIONAL RECOLHE FUNDOS PARA AJUDAR POPULAÇÃO SUDANESA


Roma, 22 out (RV) - A Caritas Internacional lançou uma campanha de arrecadação de fundos para ajudar trinta e cinco mil pessoas vítimas da seca e da violência no Sudão.

Num comunicado o organismo católico informa que dois anos de seca nas regiões leste e oeste do hemisfério sul causaram milhares de pessoas pobres que dependem de ajuda externa para sobreviver.

Nestas regiões, a Caritas fornecerá a dez mil pessoas alimentação, instrumentos agrícolas e sementes, formará os agricultores na utilização de melhores técnicas agrícolas.

O recrudescimento das disputas violentas entre as populações locais da região leste equatorial fez com que 68 mil pessoas abandonassem suas moradias. Os conflitos se agravaram ainda mais com a chegada naquela área dos insurgentes ugandenses do Exército de Resistência do Senhor (LRA) que depredam e saqueiam os povoados, roubam os jovens que são forçados a entrar na guerrilha. Nesta área a Caritas ajudará 25 mil pessoas que precisam de socorro imediato.

O sul do Sudão está se recuperando após 22 anos de guerra civil entre o governo de Cartum e o Sudan People's Liberation Army (SPLA), que se concluiu com a assinatura do acordo de paz, em 2005, entre as duas partes.

O diretor de projetos humanitários da Caritas Internacional, Alistair Dutton, afirmou que "a população vítima da seca e dos conflitos no sul do Sudão necessita urgentemente de ajuda alimentar". Segundo ele, a Caritas é capaz de chegar aos povoados isolados e também às comunidades que se encontram em meio a conflitos para oferecê-las ajuda.

"A violência no sul do Sudão é hoje pior do que na região de Darfur. O aumento da insegurança deve ser enfrentado pelos governos do norte e do sul do país. Se o acordo de paz falhar, iremos ao encontro de uma catástrofe"- frisou Dutton.

Ele sublinhou ainda que a paz pode ser obtida somente através do diálogo. "A violência é um problema regional e deve ser enfrentada não somente no Sudão, mas também em Uganda, na República Centro-Africana, no Chade e na República Democrática do Congo" – concluiu ele. (MJ)







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