Cidade do Vaticano, 17 out (RV) - Celebra-se neste domingo, pela 81ª vez, o
Dia Mundial das Missões. Em um passado não muito distante se entendia como missionário
aquele que deixava sua pátria e ia para lugares longínquos anunciar a Palavra de Deus.
Com o Concílio Ecumênico Vaticano II, esse conceito foi ampliado e passaram a ser
considerados missionários também aqueles cristãos que vivendo nas cidades em que nasceram,
dentro de um ambiente em que se conhece o Cristianismo, testemunham com fidelidade
e até audácia, sua fé em Jesus Cristo e sua adesão à Igreja como local privilegiado
de encontro com Deus e de conhecimento dos ensinamentos cristãos.
De modo algum
deseja-se jogar sombra àqueles que anunciam a boa nova em lugares pagãos e inóspitos
e, muitas vezes, sofrendo perseguição como temos noticiado nos últimos tempos. Ainda
nestes dias ouvimos de um bispo africano, na sala do Sínodo, o relato de seqüestro
e crucifixão de alguns cristãos.
Diz-nos São Paulo na Carta aos Romanos 10,
14 – 15: “Mas como poderiam invocar aquele em quem não creram? E como poderiam crer
naquele que não ouviram? E como poderiam ouvir sem pregador? E como podem pregar se
não forem enviados? Conforme está escrito: Quão maravilhosos os pés dos que anunciam
boas notícias.” Portanto Jesus Cristo quis precisar de contribuição dos cristãos para
que seus próximos conheçam o Amor do Pai.
Os batizados são enviados por Deus
a anunciar a todos o Evangelho de Jesus, não necessariamente através da pregação da
palavra, mas certamente através da pregação do bom exemplo, da conduta amigável, das
atitudes ricas em misericórdia e perdão. Será nesses gestos discretos e sem grandes
arroubos, mas com autenticidade cristã, que ganharão pessoas para Cristo.
O
mundo, a natureza agradecem a ação missionária deles porque um legítimo cristão respeita
tudo que vive e todo local é visto e amado como local de encontro com Deus e com o
irmão.