2009-10-16 20:34:10

SÍNODO: BISPO ANGOLANO DE CABINDA FALA SOBRE PAPEL DA IGREJA NA FORMAÇÃO DAS CONSCIÊNCIAS


Cidade do Vaticano, 16 out (RV) - A II Assembléia Especial para a África do Sínodo dos Bispos – em andamento no Vaticano sobre os temas da reconciliação, da justiça e da paz – está trabalhando nestes dias nos chamados Círculos menores, em preparação para as Proposições finais.

Os diversos esboços serão entregues à Secretaria-geral do Sínodo, que providenciará unificá-los com as devidas emendas. O documento final será depois submetido ao voto da Assembléia.

À margem dos trabalhos sinodais realizou-se no início desta tarde, na Sala de Imprensa da Santa Sé, uma coletiva de imprensa concedida por alguns Padres sinodais. A mesma realizou-se por setores lingüísticos. Para os de língua portuguesa falou-nos o bispo angolano de Cabinda, Dom Filomeno do Nascimento Vieira Dias, que é também presidente da Comissão Episcopal para as Comunicações Sociais.

O prelado começou falando da situação africana a partir de seu país e traçou-nos um quadro da realidade na qual atua em sua diocese, situada no extremo-norte de Angola, num enclave entre a República Democrática do Congo e a República do Congo (Brazzaville).

Considerando a particularidade da província de Cabinda, cujo território se encontra separado do território angolano, Dom Filomeno falou-nos da província como ponte não tanto para Luanda, a capital angolana, mas para a Europa - especialmente para Portugal, Bélgica e França – como também para países como a África do Sul e o Brasil.

O prelado não deixou de falar também sobre o processo de reconciliação nacional angolano, após quase três décadas de guerra civil – concluída somente em 2002 – como um processo efetivo em andamento na nação africana e sobre a atuação da Igreja nesse processo.

Entrevistado pelo "Programa Brasileiro" da Rádio Vaticano, o bispo de Cabinda falou-nos também sobre outro processo ao qual todos os africanos são chamados a se juntar – auspiciado nestes dias pelos Padres sinodais – ou seja, o processo de construção de um futuro no qual os africanos sejam atores protagonistas de seu próprio destino. Dom Filomeno falou-nos sobre a participação da Igreja nesse processo através da formação das consciências e da redescoberta do valor da dignidade que nos é dada por Deus, da qual, portanto, todo homem é detentor: RealAudioMP3







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