2009-10-16 11:50:07

Relatório apresentado por D. Gabriel MBILINGI, Arcebispo de Lubango (ANGOLA)


S. E. R. Dom Gabriel MBILINGI, C.S.Sp., Arcebispo de Lubango, Presidente do "Inter-regional Meeting of Bishops of Southern Africa" (I.M.B.I.S.A.) (ANGOLA)



A. Alguns temas pouco desenvolvidos:
- A Vida Consagrada, o papel dos Bispos, dos sacerdotes, dos catequistas, como agentes qualificados de reconciliação;
- a administração da justiça como um elemento essencial para uma sociedade reconciliada, sabendo nós os problemas que existem neste campo nos nossos países;
- a Palavra de Deus como luz que ilumina os caminhos da Reconciliação, da Justiça e da Paz;
- a liturgia como centro da vida do cristão e por isso essencial num caminho de reconciliação;
- o papel da escola e da família como lugares de formação para a reconciliação;
- a inculturação sem a qual os esforços de reconciliação podem ser inúteis;
- a dimensão pneumatológica e mariana;
- o tribalismo e a xenofobia como causa de conflitos violentos e de violação dos direitos da pessoa humana;
- o feiticismo como elemento gerador de sofrimento, de medos, de conflitos e de exploração de pessoas;
- os jovens, os adolescentes e as crianças como protagonistas de reconciliação e paz e não apenas vítimas;
- a fome, expressão da falta dos meios básicos para uma vida digna, corno elemento gerador de conflitos e de injustiças.

B. Algumas sugestões:
- uma referência explícita à Doutrina Social da Igreja como devendo fazer parte do conteúdo da nossa doutrina evangelizadora e catequética;
- que a catequese assuma o modelo catecumenal, que leve a pessoa a fazer a sua opção pessoal por Cristo;
- referir o papel fundamental da Vida Consagrada na vida e missão da Igreja, salientando sobretudo o seu trabalho no campo da reconciliação, justiça e paz através da oração, da presença na escola, nos hospitais, nos meios de comunicação social, da promoção da mulher, etc.
- salientar o papel da mulher no campo da reconciliação a partir do seu próprio génio feminino;
- valorizar o campo da política como serviço à sociedade, ajudando os políticos cristãos a assumirem os seus compromissos a partir da sua própria fé. Procurar apostar na formação e acompanhamento dos leigos nos vários sectores da sua vida, com a possibilidade até de nomear capelães para sectores específicos: professores, polícia, militares, etc.
- no que se refere aos clérigos, insistir na vivência do ministério sacerdotal como um serviço ao povo de Deus e não como autoridade. Que os sacerdotes estejam de verdade no meio do povo, com tempo para o ministério da escuta e da reconciliação. Que sejam capacitados para ajudar na cura de feridas e traumas. Que sejam também conscientes do seu papel social, fazendo-se autênticos instrumentos de reconciliação, mesmo entre os não-cristãos;
- ao denunciarmos situações gravosas dos direitos da pessoa humana, fazê-lo com vigor,
clareza e precisão;
- ter a coragem de fazer também um caminho de reconciliação e purificação da memória a nível interno da Igreja.







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