2009-10-16 13:13:33

Intervenção da Sra. Marguerite A. PEETERS (BÉLGICA), escritora, Auditora


Sra. Marguerite A. PEETERS (BÉLGICA), escritora

O intervalo de tempo passado entre a primeira Assembleia sinodal e a segunda corresponde, historicamente, a uma fase de aceleração sem precedentes da globalização cultural e ética. A aplicação efectiva até o momento, no continente africano, das conferências da ONU sobre a população, no Cairo (1994) e sobre as mulheres, em Pequim (1995) representa um aspecto político crítico desta globalização. Estas duas conferências transformaram os valores, a linguagem e os estilos de vida da decadente civilização ocidental em normas mundiais. A governança mundial impõe aos Estados africanos e aos agentes do desenvolvimento, de facto, novas condições de ajuda financeira e técnica, como a aplicação prioritária do género e da saúde reprodutiva e a adopção de uma nova ética pós-moderna e laicista, que se expressa através de uma linguagem nova. Tentam envolver também a Igreja neste ética.
A Igreja é ainda muito ignorante no que se refere aos desafios desta ética. A ignorância expõe os cristãos aos riscos de misturar os paradigmas da revolução cultural mundial com a doutrina social da Igreja. Esta confusão pode conduzir os cristãos da África ao esvaziamento da fé, assim como causou a secularização do Ocidente. É preciso fazer urgentemente um esforço de discernimento e de vigilância.








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