2009-10-15 17:06:46

Intervenção do Sr. Ngon-Ka-Ningueyo (François) MADJADOUM, Diretor da Assistência Catolica e Desenvolvimento (CHADE), Auditor


Sr. Ngon-Ka-Ningueyo (François) MADJADOUM, Diretor da Assistência Catolica e Desenvolvimento (SECADEV) (CHADE)



Após o conflito do Darfur e a partir de 2003, os refugiados sudaneses afluíram ao Leste do Chade. A estes refugiados, que são mais de 250 mil, somam-se mais de 1.500.000 cabeças de gado. Esta chegada em massa acentuou a pressão sobre os recursos naturais.

O SECADEV (Secours Catholique et Développement, Assistência Católica e Desenvolvimento) é responsável por três campos de refugiados: Kounoungou, Milé e Farchana, que hospedam actualmente 55 mil pessoas. Coordena a assistência humanitária, ocupa-se da disposição das tendas e das infra-estruturas, da distribuição dos víveres e dos outros géneros, do abastecimento da água potável, da higiene, da desinfestação e do meio-ambiente.

A convivência pacífica entre os refugiados e a população anfitriã deve-se ao facto que pertencem ao mesmo grupo étnico. A única controvérsia neste relacionamento positivo de convivência é a questão fundiária.

O SECADEV é uma Caritas cuja missão é primeiramente socorrer e depois, “colocar de pé”. Com os financiamentos da rede Caritas, relançou rapidamente as actividades agrícolas e a pecuária em alguns vilarejos.

Ao tratar-se de conflitos motivados pela palha, pela lenha ou pelas terras, verificam-se agressões contra mulheres que vão buscar a lenha ou rejeições ao dar as terras a cultiva aos refugiados, etc...

Como resposta a esta situação, foi activada uma formação específica do sector sócio-comunitário, para seguir e acompanhar as mulheres vítimas de agressão.

O SECADEV faz o que está ao seu alcance para “a missão ao serviço da paz”, serve a sociedade sem distinções de etnia, de religião e de nacionalidade: todos os homens são criados à imagem de Deus e o seu dever é socorrer aquele que está mais necessitado.

O SECADEV trabalha num ambiente no qual o Islã é dominante (mais de 90% da população) e portanto, a sua acção é uma forma de diálogo com o Islã. É reconhecido como obra cristã, mas é apreciado e respeitado.








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