2009-10-15 17:42:45

Intervenção do Sr. Maged MOUSSA YANNY, Diretor Executivo da Associação do Alto Egito para a Educação e o Desenvolvimento, Auditor


Sr. Maged MOUSSA YANNY, Diretor Executivo da Associação do Alto Egito para a Educação e o Desenvolvimento (EGITO)



As perguntas que são sempre feitas pelos cristãos que vivem em países de maioria muçulmana são:

1. Nós cristãos devemos entrar em diálogo com os muçulmanos, mesmo se as vezes percebemos hostilidade e violência por parte de grupos extremistas islâmicos e intolerância e rejeição por parte de nossos vizinhos?

2. Como podem os membros da Igreja trabalhar para construir a paz?

Gostaria de falar sobre a experiência da Comissão Justiça e Paz no Egito, que foi uma das primeiras iniciativas no país.

Nos anos oitenta e noventa o Egito viveu um período difícil de violência por parte de grupos extremistas indianos... Funcionários eminentes, escritores, policias e muitos cristãos foram vítimas desta violência. Em 1992 a Comissão Justiça e Paz convidou muçulmanos e cristãos para participarem de uma mesa redonda (escritores, jornalistas, peritos da comunicação, activistas dos direitos humanos, membros do movimento da fraternidade muçulmana e membros de vários partidos). A comissão ofereceu um espaço para expressar livremente os próprios pontos de vista.

A ideia por trás deste diálogo era encontrar o problema, sugerir se possível soluções e reforçar os valores de cidadania, tolerância e aceitação. O diálogo foi publicado num livro intitulado “Diálogo Nacional”. Ainda hoje podemos ver os resultados quando os participantes defendem os valores e as ideias de reconciliação e cidadania. Alguns pontos importantes que emergiram durante o encontro e aos quais devemos prestar atenção são:

- A importância de trabalhar com as crianças nas escolas para instilar nelas indirectamente os valores da reconciliação, da aceitação, etc;

- Eliminar dos programas de educação todos os textos que levam a uma maior intolerância e ódio;

- A importância dos meios de comunicação que muitas vezes trabalham contra a construção da paz;

- É necessário prestar atenção à mensagem transmitida pelos homens de fé, tanto muçulmanos quanto cristãos,

- Por fim, penso que o diálogo não possa permanecer distante como se fosse para uma elite, dentro de salas fechadas, mas é preciso pô-lo em prática. Deve alcançar o público para fazer efeito. Continuemos então a dialogar com os irmãos muçulmanos a fim de construir um mundo melhor, reconciliado, pacífico e justo.








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