2009-10-15 17:51:21

Intervenção do Sr. Augustine OKAFOR, Especialista em administração pública (NIGÉRIA), Auditor


Sr. Augustine OKAFOR, Especialista em administração pública (NIGÉRIA)



A edição 2007/2008 do Relatório sobre o desenvolvimento humano, publicado pelo Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas, mostra que todos os países da África subsaariana, excepto três, entram na categoria de países subdesenvolvidos do mundo. Os dados/estatísticos sobre a pobreza estão piorando na maior parte dos países africanos.

Estou convicto que os governos de todos os países, sobretudo na África, tenham a responsabilidade maior de tirar seus cidadãos da pobreza degradante e que o governo deve investir no desenvolvimento humano sustentável. Na Carta Encíclica Populorum Progressio, Paulo VI articulou a sua visão de desenvolvimento com o objectivo de fazer tirar os povos sobretudo da fome, da miséria, das doenças endémicas e do analfabetismo. Sugere-se que o Estado empregue suas energias e recursos a um consistente melhoramento no âmbito da educação, da segurança alimentar, do desenvolvimento de suas infra-estruturas sociais e físicas, a igualdade entre os sexos, a promoção das capacidades internas das comunidades desfavorecidas. A este propósito devemos sublinhar a promoção da participação ativa da sociedade civil não somente no governo, mas em todos os aspectos do desenvolvimento humano e social. A pergunta que surge daquilo que eu apenas disse é: “Qual é a função da Igreja ao enfrentar os desafios do desenvolvimento que se apresentam nos países africanos? O Santo Padre Bento XVI abordou tal questão de maneira extensiva na Encíclica “Caritas in Veritate”. Antes de tudo reconheceu a exigência de cultivar “novas modalidades de exercício, de enfrentar os desafios do mundo actual”. A Igreja é uma parte integrante da sociedade e deve demonstrar um maior envolvimento no programa de desenvolvimento humano e social do Estado.

Pode realizar esta função através de um mecanismo institucionalizado para encaminhar a sua participação ou o seu interesse na formulação e na actuação de políticas e de programas públicos. Deve também desenvolver estruturas para facilitar e promover o diálogo, a colaboração e o contato regular com o governo e os seus entes. A Igreja na África deve aumentar a sua visibilidade como voz de quem não tem voz e dos membros desfavorecidos da sociedade. Os fiéis leigos devem ser sensibilizados e incluídos nesta tarefa Igreja-Estado. Enfim, gostaria de mencionar o conselho recordado pelo Santo Padre na Caritas in veritate, ou seja, que o “homem é o autor, o centro e o fim de toda a vida socioeconomica”.








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