2009-10-15 17:15:50

Intervenção da Rev.da Irmã. Mary Anne Felicitas KATITI, Superiora Provincial da Congregação das Pequenas Servas de Maria Imaculada (ZÂMBIA), Auditora


Rev.da Irmã. Mary Anne Felicitas KATITI, L.M.S.I., Superiora Provincial da Congregação das Pequenas Servas de Maria Imaculada (ZÂMBIA)



Ao falar como mulher africana, e de modo especial, da Zâmbia, peço a este Sínodo que dedique uma atenção particular à dignidade da mulher, que ainda precisa ser promovida, quer na Igreja, quer na sociedade. Parece-me que quando se fala do seu papel, dos seus direitos, e do seu contributo na obra da evangelização, as mulheres não têm uma verdadeira voz.

O importante problema das mulheres deve ser levado em consideração pela nossa Igreja se quisermos que a nossa idéia de reconciliação, de justiça e de paz seja arraigada na realidade do nosso continente africano. Sabemos bem que as mulheres são incumbidas de penosas responsabilidades nas difíceis condições económicas de hoje, sobretudo nos níveis mais baixos, e devem enfrentar todo tipo de abuso e de violência em suas casas e na sociedade em geral.

O que podemos aprender do exemplo de Nosso Senhor Jesus Cristo, ao aceitar hoje o desafio da justiça para as mulheres na África? Recordar que Jesus cresceu e proclamou a mensagem do Reino numa sociedade e numa cultura dominadas pelos homens. Como viajavam as mulheres em companhia de Jesus? Sabemos isso das palavras de Lucas (Lc 8, 1-3).

Ao analisar a condição das mulheres hoje, aquilo que o Senhor Jesus fez é decididamente revolucionário. Contrariamente às fortes regras religiosas e culturais, Jesus queria que no grupo restrito e privilegiado que vivia com ele enquanto viajava de um vilarejo ao outro, estivesse também as mulheres. A Igreja da África de hoje, e a Igreja no mundo, não podem seguir o revolucionário exemplo de Jesus?

Não há dúvidas de que a Igreja como Família deve viver a justiça em seu interior, e a justiça exige que consideremos seriamente as funções e o tratamento das mulheres na Igreja, e como as mulheres podem participar mais dos processos decisórios, principalmente como agentes de pastoral.








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