Kirkuk, 14 out (RV) – Há 1.600 anos o Iraque é “um país de mártires”, que encontra
no “Espírito Santo e na Eucaristia” a força para “testemunhar a fé” apesar das perseguições.
Dessa maneira o arcebispo de Kirkuk dos Caldeus, Dom Louis Sako, na véspera da semana
de celebração para recordar os 1.600 anos do massacre dos mártires iraquianos.
Uma
longa série passada e presente de violências, que, porém, não interromperam “a história
sagrada dos cristãos e o seu caminho”. No ano 409 centenas de cristãos foram decapitados
por causa da sua fé. Sessenta anos depois, para recordar o massacre dos cristãos,
o então arcebispo Maruta “construiu um santuário” sobre a colina onde foram sepultados
os mártires.
A “Igreja Vermelha”, este é o nome do Santuário, une cristãos
e muçulmanos e é hoje “o cemitério dos caldeus” e as relíquias dos mártires, expostas
sobre o altar mor, são sempre meta de procissões dos fiéis. Para celebrar o aniversário
do martírio, a diocese organizou uma série de eventos com o lema “Irmãos nossos, pais
na fé”. Hoje, quarta-feira, realiza-se um dia de jejum pela paz; amanhã, quinta-feira
programada a recitação dos hinos dos mártires e uma conferência no Santuário, recentemente
restaurado; sexta-feira será celebrada a Santa Missa; sábado um recital do coral da
catedral e da Igreja de São José. (SP)