2009-10-13 13:24:48

SINODO, ONU: PAPEL DAS RELIGIÕES NA ÁFRICA É INESTIMÁVEL


Cidade do Vaticano, 13 out (RV) - A ação dos missionários na África, os ensinamentos da Igreja Católica e do Islã, a responsabilidade social e a gestão racional dos recursos. Estes foram os pontos centrais do discurso proferido ontem pelo diretor da FAO, (Organização para a Alimentação e a Agricultura da ONU), Jacques Diouf, diante dos bispos africanos, na II Assembléia especial do Sínodo, em andamento no Vaticano.

Diouf, senegalês e muçulmano, destacou o contributo dos ensinamentos religiosos, de modo especial da Igreja Católica e do Islã, numa estratégia de ação respeitosa das pessoas e dos bens deste mundo, sem excessos ou desperdícios.

O diretor da FAO também louvou a obra difícil dos missionários, religiosos e comunidades católicas ao lado dos mais pobres. Analisando a atual situação africana, convidou o continente “martirizado, desfrutado, espoliado pela escravidão e a colonização a não recuar no retrocesso e na negação, mas a aprofundar os conceitos de negritude e de africanismo baseados no apego à terra e na abertura”.

Em relação à crise alimentar, água e agricultura: Diouf evidenciou que os dados mais recentes da FAO sobre a fome e a subalimentação são mais preocupantes dos indicados em 1996, quando a cimeira mundial sobre a Alimentação se comprometeu em reduzir à metade a desnutrição no planeta.

Sobre o território da África, o diretor ilustrou um quadro realmente pobre: só 7% é irrigado, em vez dos 38% da Ásia. “É impossível vencer a fome e a pobreza no continente sem aumentar a produtividade agrícola”. Diouf disse que deve haver um “foco especial nos pequenos agricultores, mulheres e famílias rurais e o acesso dessas pessoas à terra, água, utensílios agrícolas e sementes de alta qualidade”

Todavia, o representante da Organização para a Alimentação e a Agricultura se disse otimista, e afirmou que “a visão de um mundo livre da fome é possível se existir uma vontade política de alto nível, e por ser uma tarefa ‘colossal’, requer também o sustento das grandes forças morais e espirituais: um apoio inestimável” – definiu, ressaltando “o subsídio essencial da doutrina social da Igreja”. (CM)







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