2009-10-11 15:39:40

Intervenção do Dr. Pierre TITI NWEL, Coordenador emérito do Serviço nacional Justiça e Paz da Conferência Episcopal de Camarões, Auditor


Dr. Pierre TITI NWEL, Coordenador emérito do Serviço nacional Justiça e Paz da Conferência Episcopal de Camarões (C.E.N.C.), Yaoundé (CAMARÕES)

No mundo actual, os dirigentes que se preocupam com o bem-estar dos seus compatriotas e com a honra dos seus países, são os que são livremente eleitos e regularmente controlados nas suas acções, pelo povo. Na maioria dos nossos países, o acesso das pessoas ao poder foge ao controle do povo. Desta forma, os dirigentes fazem o que eles querem e como querem. É por isso que nós sofremos tanto. A minha convicção, que queria aqui partilhar convosco é que, antes ou ao mesmo tempo que a Igreja tenta converter os corações dos dirigentes, ela deve assumir esta simples verdade, que todos os cidadãos de um país têm o direito e o dever de escolher livremente os seus dirigentes e de os demitir quando é o momento oportuno. Esta verdade, nós conhecemo-la de forma intelectual, mas devemo-nos também organizar para a realizar concretamente, lutando, junto com a sociedade civil e com as forças políticas, contra a confisca do poder por parte de leis iníquas.
Nestes últimos anos, a Igreja empenhou-se aqui e acolá na observação das eleições. Ela deve agora ir mais longe, abrindo os olhos dos seus fiéis e dos homens e das mulheres de boa vontade sobre as realidades políticas e o seu impacto na vida de todos e de cada um. É a tarefa de acompanhamento do povo no caminho da democracia que Ecclesia in Africa confiou à Igreja. Assim fazendo, que os eclesiásticos não tenham má consciência: eles são, na sua maioria, cidadãos dos países nos quais trabalham e eles educam o povo à cidadania.







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