PAPA PROCLAMARÁ CINCO NOVOS SANTOS, ENTRE OS QUAIS O APÓSTOLO DOS LEPROSOS, PE. DAMIÃO
DE VEUSTER
Cidade do Vaticano, 10 out (RV) - Neste domingo, a Igreja terá cinco novos
Santos: a canonização deles terá lugar na missa solene, na Praça São Pedro, presidida
pelo papa às 10h locais.
A celebração será transmitida ao vivo, via satélite,
para todo o Brasil e demais países de língua portuguesa cujas emissoras nos retransmitem,
a partir das 4h50h (horário de Brasília).
Serão canonizados os seguintes bem-aventurados:
o polonês Zygmunt Szczesny Felinski, bispo, fundador da Congregação das Irmãs Franciscanas
da Família de Maria; a francesa Maria da Cruz Jugan, fundadora da Congregação das
Irmãzinhas dos Pobres; os espanhois Rafael Arnaiz Baron, religioso da Ordem Cisterciense
de Estreita Observância, considerado um dos grandes místicos do século XX, e Francisco
Coll y Guitart, fundador da Congregação das Irmãs Dominicanas da Anunciação de Nossa
Senhora; e o padre belga José Damião de Veuster, sacerdote da Congregação dos Sagrados
Corações de Jesus e de Maria e da Adoração Perpétua do Santíssimo Sacramento do Altar,
que viveu no Séc. XIX, apóstolo dos leprosos.
Sobre essa figura luminosa de
caridade evangélica, eis o que nos disse o prefeito da Congregação das Causas dos
Santos, o arcebispo Angelo Amato, entrevistado pela Rádio Vaticano:
Dom
Angelo Amato:- Após onze anos de convivência com os leprosos na ilha de Molokai,
no Hawai, Pe. Damião descobriu ser também ele um leproso. Foi um momento que o aproximou
ainda mais de seus irmãos desafortunados. Intensificou a sua piedade eucarística com
a celebração da santa missa, dos sacramentos, com a pregação, com a visita aos doentes.
Morreu no dia 15 de abril de 1889, aos 49 anos. No leito de morte realizou seu último
gesto de caridade. Pediu ao médico que o assistia que o deixasse e fosse cuidar de
uma anciã enferma. Os 1.116 leprosos de Molokai choraram a perda de um pai e de um
bom irmão."
Pe. Damião, imitando Jesus em sua atitude de acolhimento e de assistência
aos leprosos, é modelo para os missionários cristãos, mas é também um grande benfeitor
da humanidade. "Nele – acrescenta Dom Amato – o amor por Deus era acompanhado da prática
da caridade para com os leprosos, que pertencem ainda à humanidade mais marginalizada
da nossa sociedade." (RL)