2009-10-10 14:53:23

Intervenção do Rev. Francesco BARTOLONI, Moderador-Geral dos Missionários do Precioso Sangue


Rev. Francesco BARTOLONI, C.PP.S., Moderador-Geral dos Missionários do Precioso Sangue (UNIÃO DOS SUPERIORES GERAIS)

A Igreja africana vê que a reconciliação é primeiramente a obra de Deus em Cristo. Neste sentido a reconciliação é mais uma espiritualidade do que uma estratégia, mas deve ser uma espiritualidade que leve os membros da Família de Deus na África a tornarem-se embaixadores de Cristo (2Cor 5,20) capazes de criar um espaço para a verdade, a justiça, a salvação e o nascimento de uma nova criação (2Cor 5,17). Essa é a espiritualidade que guia também a Igreja que, como embaixadora de Cristo, deve comprometer-se no diálogo com a espiritualidade dos povos que professam o Islã e as religiões africanas tradicionais.
Mas a África não é somente um lugar de sofrimento e exploração; é também um continente onde muitos de seus países estão experimentando um rápido desenvolvimento social e económico. A Igreja tem uma importante oportunidade para encorajar e guiar este desenvolvimento através da formação de uma liderança boa e honesta que trabalha para a felicidade e para o crescimento social de toda a população de seu país sem distinção de raça, religião e status social. Devemos encorajar o povo africano a reconhecer e aceitar que ele tem, com a ajuda de Deus, a habilidade de criar seu próprio futuro. Aqui a Igreja tem a oportunidade de perorar a importância incessante das dimensões espirituais da cultura, que por muito tempo estiveram no centro da cultura africana.
A Igreja africana deve dar testemunho da reconciliação ocorrida através de Cristo e do seu ministério de reconciliação. Podemos fazer isso, ante de tudo, testemunhando que vivemos como uma comunidade de fé reconciliada. Não pode haver autêntica proclamação de reconciliação sem esse primeiro passo (53). O caminho para a reconciliação na África tem início com o reconhecimento da nossa necessidade de sermos reconciliados como Igreja. O Corpo de Cristo, que é a Igreja africana, deve estar unida no amor de Cristo. Devemos ser modelo de unidade no qual todos os membros do corpo estão dispostos a compartilhar o sofrimento de um desses, justamente como partilhamos a alegria um do outro (1Cor 14,26). Neste sentido, manifestamos o poder unificador das águas do baptismo e do Precioso Sangue de Cristo e podemo convidar todos a participar no mistério de redenção de Cristo.








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