2009-10-10 14:53:57

Intervenção de Dom Robert Christopher NDLOVU, Arcebispo de Harare (ZIMBÁBWE)


S. E. R. Dom Robert Christopher NDLOVU, Arcebispo de Harare, Presidente da Conferência Episcopal (ZIMBÁBWE)

Todos na Igreja, independentemente de sua posição ou status têm o dever e a responsabilidade de ser agentes de evangelização e de testemunho cristão. O mesmo vale também para as instituições eclesiais. Os Bispos devem ser agentes proféticos da Palavra em nosso conturbado continente da África. Devem falar em nome dos oprimidos que invocam o seu Senhor a fim de que os liberte. No cumprimento de seus deveres, eles devem também dar o bom exemplo de paternidade na Igreja - Família de Deus e a unidade da família cristã. Eles devem também trabalhar em maior contacto com os seus sacerdotes, que são, antes de mais nada, seus principais colaboradores no trabalho da evangelização. Uma área de preocupação, na minha opinião, é o aberto apoio de alguns sacerdotes e religiosos a partidos políticos. Isto tem como consequência a divisão das comunidades cristãs que eles servem. Também não é raro ouvir que alguns sacerdotes não dão suporte às actividades de Justiça e Paz em suas paróquias. É, portanto, vital que os candidatos ao sacerdócio dominem a Doutrina Social da Igreja durante seus anos de formação. Penso que a Igreja não investiu o suficiente nessa área. O clero também precisa de um contínuo entendimento das necessidades de cura em todos os âmbitos do sofrimento humano; seja nos conflitos familiares, conflitos étnicos ou traumas do pós-guerra.
Os fiéis leigos estão melhor posicionados para serem efectivos agentes de reconciliação, justiça e paz nas comunidades. Mais e mais contínua formação é necessária para torná-los agentes mais equipados. A formação pode ser realizada através de programas de Pequenas Comunidades Cristãs ou através da actividade de grémios e associações.
Os católicos geralmente têm medo de se engajar activamente e positivamente na política. Algumas vezes, quando eles se engajam activamente na política tornam-se agentes de destruição como recentemente testemunhamos em meu país, o Zimbábue.
Nossa esperança é que o Sínodo sugira possíveis meios de como podemos melhorar nossas sociedades através da genuína reconciliação e trabalhando para uma justiça e paz sustentável em nosso amado continente.








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