A familia como instrumento de paz,a defesa das mulheres e dos emigrantes nas intervenções
deste sábado no Sinodo. Esta tarde o terço com o Papa na Aula Paulo VI
(10/10/2009) Com a X congregação geral desta manhã encerrou-se a primeira semana
de trabalhos da assembleia especial do sínodo dos bispos para a África que até ao
próximo dia 25 decorre no Vaticano sobre o tema : “a Igreja em África ao serviço da
reconciliação da justiça e da paz: vós sois o sal da terra vós sois a luz do mundo. Esta
tarde os padres sinodais deslocam-se para a grande aula das audiências do Vaticano
para a recitação do terço “com a África e para a África” guiada pelo Papa e com os
universitários dos ateneus romanos. Durante os trabalhos da manhã reflectiu-se
sobre o papel primário da família como instrumento de paz, sobre a defesa das mulheres
e sobre a tutela dos emigrantes. Se educamos um homem, educamos um indivíduos,
mas se educamos uma mulher, educamos uma família, e através dela, uma nação inteira.
Esta reflexão sintetiza muito bem a importância que o Sínodo reservou hoje á defesa
da família e das mulheres. Porque é a partir delas que inicia o processo de paz. No
núcleo familiar entendido como “igreja domestica”, de facto, alimentam-se e partilham-se
os valores espirituais necessários para a reconciliação. Portanto não á violência
sobre as mulheres, não á poligamia, não ao uso terrível de sacrificar o filho primogénito.
Sim a uma maior difusão da Carta dos direitos da família para que se torne o ponto
central dos debates democráticos e sim também a uma catequese familiar continua e
a órgão diocesanos especiais que estejam em dialogo constante com as autoridades civis,
para assegurar que as necessidades da família sejam asseguradas. NO Sínodo falou-se
também dos emigrantes africanos, presentes em muitos países do ocidente e fez-se um
apelo para nunca lhes sejam negados os seus direitos e a assistência, como pelo contrario
acontece frequentemente. Ao mesmo tempo os padres sinodais reafirmam que não serão
as barreiras politicas a deter as migrações clandestinas, mas a redução efectiva da
pobreza através do desenvolvimento económico e social da África. Entre os outros
temas salientes, a necessidade de uma reflexão sobre os matrimónios mistos, o convite
dirigido aos fieis leigos a serem activos na vida politica, sem esquecer os valores
cristãos, e o apelo a favor da abolição da pena de morte na África inteira. DO
Sínodo partiu entretanto a proposta de nomear um representante permanente da Santa
Sé junto da União africana que participe nas reuniões e possa manter um contacto pessoal
com os membros desta instituição. A iniciativa foi apresentada pelo arcebispo de Addis
Abeba e presidente da conferencia episcopal da Etiópia D. Berhaneyesus Demerew Souraphiel.
Na sua intervenção o prelado exortou o Sínodo a estudar as causas que estão na base
do trafico de seres humanos e das migrações