2009-10-09 12:10:14

IGREJA HONDURENHA PEDE SOLUÇÃO "JUSTA E PACÍFICA" PARA CRISE POLÍTICA


Tegucigalpa, 09 out (RV) - A Igreja Católica em Honduras pediu ontem que a crise política iniciada em 28 de junho tenha "uma solução justa, pacífica e concordada", advertindo que qualquer tipo de violência prejudicará o diálogo iniciado quarta-feira passada.

"Não podemos continuar na incerteza, na tensão pessoal e social e na deterioração econômica. É urgente uma solução que garanta a convivência pacífica e uma autêntica vida democrática" – lê-se no comunicado da Conferência Episcopal de Honduras.

"Experimentamos na própria carne, na Igreja e na sociedade os sofrimentos, as divisões e a violência que esta prolongada crise provocou" – acrescenta a nota. Os bispos então manifestam seu apoio ao diálogo entre representantes do presidente interino, Roberto Micheletti, e do presidente deposto, Manuel Zelaya, afirmando que a população hondurenha deposita muitas esperanças nessa negociação e, portanto, não pode ser frustrada, pois provocaria uma decepção ainda maior.

Sobre a negociação, a Conferência Episcopal recorda que não se reduz somente a uma solução técnica, mas engloba uma dimensão ética: "Por isso, os que se sentam à mesa do diálogo têm uma grande responsabilidade diante de Deus e da sociedade – responsabilidade que não devem esquecer nem subestimar".

Os bispos concluem dizendo que estão conscientes de que um acordo político não representa a solução total para os graves problemas que acometem Honduras; todavia, é indispensável para que o país tenha as condições institucionais para enfrentá-los.

A missão da Organização dos Estados Americanos (OEA), que patrocina o diálogo, expressou ontem sua confiança na resolução da crise. Participam da negociação, sem mediadores, três representantes de Micheletti e três de Zelaya. Mas os representantes Zelaya querem pressa na negociação, estabelecendo o dia 15 de outubro como data-limite. (BF)







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