Encorajar os jovens a construir um futuro de paz: Bento XVI no concerto pelos 70 anos
do início da II Grande Guerra
(9/10/2009) O Papa Bento XVI e o Presidente da Republica Italiana Jorge Napolitano
assistiram na tarde desta quinta feira no Auditório de Via della Conciliazione ao
concerto “Jovens contra guerra. O evento inseriu-se nas celebrações dos 70 anos da
deflagração o da segunda guerra mundial. Nas palavras ali pronunciadas, o Santo
Padre agradeceu os jovens artistas da orquestra e o maestro, assim como os promotores
do concerto e o presidente da República italiana e esposa, referindo brevemente o
sentido desta iniciativa, em que participou com todo o gosto:
“Utilizando
a linguagem universal da música, esta iniciativa pretende encorajar os jovens a construir
conjuntamente o futuro do mundo, inspirando-se nos valores da paz e da fraternidade
entre os homens”.
Referindo “a tragédia” da segunda guerra mundial como uma
“dolorosa página de história impregnada de violência e desumanidade”, Bento XVI evocou
as terríveis consequências: milhões de mortos, a divisão dos vencedores, a Europa
a reconstruir:
“A guerra, querida pelo nacional-socialismo, atingiu tantas
pessoas inocentes da Europa e de outros continentes, ao passo que, com o drama da
shoah, feriu sobretudo o povo judeu, objecto de um extermínio programado”.
Recordando o vibrante apelo à paz, da parte do seu predecessor Pio XII, “precisamente
na iminência do deflagrar da guerra”, Bento XVI deplorou que aquela voz não tenha
sido escutada, e que tenha prevalecido, pelo contrário, “inexorável, a lógica do egoísmo
e da violência”. “Recordar aqueles tristes acontecimentos constitua, sobretudo para
as novas gerações, uma advertência a nunca ceder à tentação da guerra”
“A
Europa, o mundo inteiro, têm sede de liberdade e de paz, Há que construir conjuntamente
a verdadeira civilização, que não se baseie sobre a força, mas seja fruto da vitória
sobre nós próprios, sobre as potências da injustiça, do egoísmo e do ódio, que podem
chegar ao ponto de desfigurar o homem”.
“O movimento ecuménico, que encontrou
na II Guerra Mundial, um catalizador – concluiu o Papa – pode contribuir para construir
(a verdadeira civilização), actuando conjuntamente com os judeus e todos os crentes”.