Kinshasa, 09 out (RV) - Os bispos congoleses escreveram um comunicado a propósito
das violências no sul do país.
Na noite entre 2 e 3 de outubro, recordam os
bispos, homens uniformizados sequestraram dois sacerdotes e um seminarista da paróquia
de Chierano. Depois de agredi-los e roubarem seus pertences, incendiaram a residência
do pároco, pedindo cinco mil dólares de resgate.
"Essas ações terríveis contra
pessoas cuja vida é generosamente consagrada a serviço dos demais pedem uma forte
desaprovação. Porque atentando contra sua vida e as estruturas da Igreja, atingem
a própria população, pois o trabalho da Igreja é conhecido em Bukavu pelo que faz
em favor das pessoas vítimas de violências" – escrevem os membros da Conferência Episcopal
da República Democrática do Congo (CENCO).
Um ataque semelhante foi registrado
na noite entre 5 e 6 de outubro, contra o convento dos Irmãos Maristas de Nyangezi
e o dormitório escolar do Instituto Weza, administrado pelos religiosos.
Condenando
com força os ataques, os bispos recordam às autoridades políticas e militares a obrigação
de proteger a população e os seus bens. "A Igreja está a serviço de todos, merece
uma atenção especial por parte daqueles que têm a tarefa de garantir a segurança"
– concluem.
Na quarta-feira, o arcebispo de Bukavu, Dom François-Xavier Maroy
Rusengo, regressou à República Democrática do Congo, abandonando os trabalhos do Sínodo,
ao ser informado sobre a violência em sua arquidiocese. (BF)