2009-10-08 17:07:53

Intervenção do Rev. Pe. Kieran O'REILLY, Superior-Geral da Sociedade das Missões Africanas


Rev. Pe. Kieran O'REILLY, S.M.A., Superior-Geral da Sociedade das Missões Africanas (UNIÃO DOS SUPERIORES GERAIS)

Uma importante dimensão do crescimento da Igreja no continente africano é o número dos homens e mulheres africanos directamente envolvidos neste momento na missão ad gentes da Igreja, quer como membros de congregações missionárias locais de recente instituição, quer como membros de institutos internacionais de fundação mais antiga.
Inspiradas pelo seu empenho de fé e instruídas pela doutrina social da Igreja, muitas congregações missionárias e religiosas constituíram redes a fim de enfrentar o desafio. Refiro-me em particular ao trabalho da rede Africa Faith and Justice Network. Essas redes preocupam-se de modo especial em enfrentar as questões da injustiça estrutural radicada nas políticas europeias e estado-unidenses que têm um impacto negativo sobre a África.
Como «família de Deus», a Igreja é chamada a testemunhar e a promover a universalidade do amor de Deus pelas pessoas e pela unidade futura da humanidade. Infelizmente, divisões étnicas, tribais e regionais continuam a afligir muitas partes do continente africano, impedindo seriamente o desenvolvimento das suas populações. O testemunho das comunidades missionárias e religiosas internacionais é tão importante quanto urgente. Essas comunidades recebem um amplo espectro de diferenças culturais e étnicas no seio da sua «família» enquanto vivem e trabalham em conjunto ao serviço do Evangelho. A sua presença proclama a verdade evangélica que Deus não tem preferências, que todos somos seus filhos e o nosso destino comum é ser n’Ele, uma única família.
A África é tratada de maneira inadequada pelos meios de comunicação de massa, que se interessam quase exclusivamente pelas más notícias, criando assim a imagem largamente aceita de um continente num constante estado de crise. Também a «indústria das ajudas» alimenta-se vendendo estereótipos negativos e superados dos africanos como vítimas indefesas de guerras infinitas e de penúrias constantes. Os povos da África devem assumir um lugar mais central na narrativa sobre o continente difundida no estrangeiro. E as congregações e os institutos missionários internacionais encontram-se numa posição ideal para ajudar neste processo.








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