2009-10-07 20:15:25

SÍNODO DOS BISPOS PARA A ÁFRICA: VIOLÊNCIAS ANTICRISTÃS E RESPEITO PELOS EMIGRANTES ENTRE TEMAS APRESENTADOS


Cidade do Vaticano, 07 out (RV) - Prossegue, no Vaticano, o II Sínodo dos Bispos para a África, dedicado ao tema da reconciliação, da justiça e da paz. Nesta quarta-feira teve lugar a primeira sessão de trabalho para os chamados Círculos menores. Ainda pela manhã, uma delegação dos Padres sinodais visitou o Campidoglio – sede da prefeitura de Roma – para um encontro com o prefeito da capital italiana, Gianni Alemano.

-Ontem à tarde, os trabalhos do Sínodo prosseguiram com a quarta Congregação geral. oram numerosos os temas tratados na Sala do Sínodo, como as violências contra os cristãos, a necessidade de uma "conversão ecológica" da África e o problema das migrações.

A sessão vespertina foi aberta pelo testemunho trazido da República Democrática do Congo, onde algumas paróquias sofreram ataques e atos de intimidação. Gestos com os quais se pretende silenciar a Igreja, única ajuda a um povo terrorizado, humilhado e explorado – foi ressaltado.

Depois teve lugar o tema das relações com as seitas: um desafio urgente a ser afrontado também com autocrítica, frisaram os Padres sinodais, buscando entender o que que é insuficiente no trabalho pastoral. Foram também feitos votos de um novo impulso nas relações ecumênicas e de uma compreensão específica das expressões culturais africanas.

Foi também lançado um apelo a fim de que a Igreja na África suscite uma "conversão ecológica" mediante a educação, de modo que países não sejam vítimas da exploração petrolífera, do desmatamento, da presença de lixos tóxicos.

Foi ainda destacada a necessidade de uma formação sacerdotal adequada, que busque passar do "diálogo entre as culturas" à "cultura do diálogo".

Ademais, destaca-se o encorajamento feito aos leigos a que possam ser intermediários evangelizadores entre a Igreja e o mundo, e ressaltada a necessidade de apoio aos Tribunais Penais Internacionais, a fim de que restabeleçam justiça e paz baseadas na verdade, como afirmava João Paulo II, "não há paz sem justiça, não há justiça sem perdão".

Ressalta-se ainda o auspício feito a fim de que a União Africana acolha um representante permanente da Santa Sé e um observador do Simpósio das Conferências episcopais da África e Madagascar.

Por fim, teve lugar a página trágica dos emigrantes, dos deslocados, dos que pedem exílio, uma realidade que na África diz respeito a mais de dez milhões de pessoas, vítimas da exploração e do desprezo pelos direitos humanos.

Daí, a esperança de que o Sínodo estude as causas subjacentes ao tráfico de seres humanos, do drama das viagens clandestinas via mares, para demonstrar ao mundo que a vida dos africanos é sagrada, e não desprovida de valor – como muitas vezes é apresentada por vários meios de comunicação social. (RL)







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