2009-10-06 19:34:06

Intervenção de Dom Simon-Victor TONYÉ BAKOT, Arcebispo de Yaoundé (CAMERUN)


S. E. R. Dom Simon-Victor TONYÉ BAKOT, Arcebispo de Yaoundé, Presidente da Conferência Episcopal (CAMERUN)

Os bantos do sul do Camerun atribuem uma importância peculiar à vida em comunidade. Pode-se ser isolados após uma falta grave e procurar reencontrar a comunhão com todos. Este é o sentido do perdão dado ou recebido, depende se se foi ofendido ou se é culpado de uma falta.

Chega-se lá através de um ritual, cujas etapas essenciais são as seguintes: tomar a palavra, a confissão pública, as palavras rituais de concessão do perdão, a reconciliação e a comida comunitária. Isto é o que nós chamamos de cultura da paz e da reconciliação. O grupo do clã sabe restabelecê-la todas as vezes em que a comunidade se encontra em desequilíbrio.
A eucaristia, fonte e apogeu da vida cristã, promete a paz e a reconciliação, mas ainda não alcançou a mesma capacidade de conversão entre os cristãos que dela participam, porque o beijo de paz oferecido durante a missa revela discordâncias bastante grandes entre os fieis. Pode-se até chegar a virar as costas a quem oferece a paz.
Deve-se fazer uma boa catequese apropriada entre os pastores para que compreendam todos os que se tornaram irmãos e irmãs de sangue, já que o mesmo sangue de Cristo tomado na comunhão escorre pelas nossas veias, nós deveríamos compreender que este sangue nos purifica de todas as nossas impurezas e deveria falar mais alto do que a tradição do clã. Infelizmente ainda não é este o caso. Devemos tender para isto cada vez mais.







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