2009-10-05 12:34:11

Na abertura dos trabalhos do Sínodo, Bento XVI alerta para o facto de as analises do mundo serem insuficientes se o mundo não for considerado á luz de Deus, se não se descobrir que na base das injustiças, da corrupção, está um coração não recto, um fechar-se a Deus


(5/10/2009) A caridade gratuita de Deus, que cada cristão deve anunciar, abra os confins de tribos, etnias e religiões. Estes os votos formulados pelo Papa Bento XVI concluindo esta manhã no Vaticano a meditação introdutiva da primeira congregação geral do sínodo dos bispos para a África, depois da recitação da hora Tertia.
O Santo Padre convidou os padres sinodais a enfrentarem os trabalhos desta assembleia com o coração aberto ao Espírito de Deus, sem o qual - afirmou – qualquer analise, apenas humana, da realidade é insuficiente.
Ainda nenhuma das varias igrejas africanas, apresentou o quadro da realidade que vive, mas Bento XVI delineou já esta manhã os limites e sobretudo o espírito com o qual esse quadro deve ser apresentado no debate sinodal:
Iniciamos agora o nosso sínodo, invocando o Espírito Santo, sabendo bem que nós não podemos fazer o que é necessário para a Igreja e para o mundo, neste momento. Somente na força do Espírito Santo podemos encontrar o que é recto e segui-lo.
O Espírito portanto é aquele divino que permite – afirma o Papa – conhecer as realidades humanas á luz de Deus. Os limites são aqueles de avaliações do contesto social africano que, embora competentes são formuladas seguindo binários de tipo, simplesmente sociológico. Analises horizontais, como as define o Papa , desligadas da dimensão vertical:
Se a primeira relação, aquela que fundamenta, não é correcta, todas as outras relações não funcionam. Portanto todas as nossas analises do mundo são insuficientes se não considerarmos o mundo á luz de Deus se não descobrirmos, que na base das injustiças, da corrupção está um coração não recto, está um fechar-se a Deus e portanto uma falsificação da relação fundamental sobre a qual passaram as outras.
Na sua meditação, Bento XVI invocou o Espírito Santo para que ilumine a assembleia do sínodo dos bispos para a África, indicando três directrizes: a confissão, a caridade e o próximo. Com a primeira -explicou – colocamo-nos em relação com Deus admitindo os próprios limites, e colhendo ao mesmo tempo a sua resposta, a sua disponibilidade a agarrar na nossa mão: praticamente o inicio da evangelização, e um sinal da proximidade de Deus. Com a segunda a fé torna-se concreta. Iluminando a relação com o outro do amor de Deus, realiza-se a paz e a reconciliação.








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