(3/10/2009) D. Damião António Franklin, Bispo de Luanda (Angola), um dos secretários
especiais do Sínodo, considera que esta reunião magna será um momento fundamental
para uma “caminhada em conjunto” de todas as forças vivas da Igreja, a nível local
e a nível universal. “Há necessidade de se reflectir, de orar, de sugerir estratégias
concretas”, refere à ECCLESIA. O prelado admite que “África é o continente mais
vulnerável” do ponto de vista institucional, com muitos conflitos militares, pelo
que a Igreja “quer capacitar os próprios africanos” para resolver estes conflitos
e os “problemas de desenvolvimento”, com destaque para o avanço das pandemias. Quanto
à Igreja, o Arcebispo admite que o crescimento de vocações religiosas e sacerdotais
não deve fazer esquecer a vocação dos leigos. “Nós, como responsáveis, estamos atentos,
porque esta é uma fase e temos de estar preparados para uma fase mais crítica”, admite. Sobre
a questão litúrgica, D. Damião Franklin indica que o “génio africano” deve ter o seu
lugar, ainda que com “ordem e disciplina”. Já o Bispo de Bissau, D. José Camnaté,
disse que vai levar ao Sínodo uma mensagem de esperança. "Vamos levar uma mensagem
de esperança e dizer que o povo da Guiné-Bissau sempre contou com o apoio da comunidade
internacional e também da Igreja Católica e tem dado a sua modesta contribuição para
resolver os seus problemas", afirmou à agência Lusa. Já o Bispo diocese de Santiago
(Cabo Verde), D. Arlindo Furtado, afirmou que a Igreja deve assumir seu papel como
instrumento de reconciliação, da justiça e paz na África. "A posição que a igreja
cabo-verdiana vai defender no Sínodo dos Bispos Africanos é a de que seu papel é reunir
as pessoas em uma família, à semelhança de Cristo, que, de muitos povos, os constituiu
num só. A Igreja, cumprindo seu papel, poderá utilizar este instrumento de comunhão",
explicou, também à Lusa.