Jakarta, 02 set (RV) – A Ministra da Saúde da Indonésia, Siti Fadilah Supari,
pediu hoje à comunidade internacional que envie grupos de socorro e meios mecânicos
para ajudar o seu país a escavar entre as ruínas do terremoto na província West de
Sumatra, que teria causado a morte de mais de mil pessoas. “O nosso principal problema
– disse a ministra – é que existem ainda numerosas pessoas em meio aos escombros.
Temos dificuldade em encontrá-las e em tirá-las dali”.
As buscas feitas pelos
voluntários e pelos grupos de socorro presentes na área tornaram-se ainda mais difíceis
por causa da falta de tratores para a retirada dos escombros; falta ainda eletricidade
e a comunicação é difícil. A Ministra Supari disse ainda que não existem medicamentos
suficientes para cuidar dos feridos.
O terremoto de 7,6 graus na escala Richter
atingiu a província de West Sumatra no último dia 30 de setembro. Até agora o número
oficial de mortos é 770, mas o responsável da ONU para as ajudas humanitárias, John
Holmes, declarou que as vítimas seriam pelo menos 1.100.
O presidente indonésio
Susilo Bambang Yudhoyono passou à última noite em Padang a “cidade fantasma”, destruída
pelo terremoto. Muitos sobreviventes buscam ainda refúgio e segurança em outras áreas
do país. Num gesto inesperado, Yudhoyono ofereceu o avião presidencial para transportar
os refugiados para a capital.
Entretanto a Caritas da Indonésia está procurando
caminhos para enfrentar o desastre. O responsável local pela Caritas Padre Augustine
Mujihartono, declarou que pelo menos 50% de todos os edifícios da província “sofreram
danos gravíssimos” e que a destruição é grande. “A situação das vítimas em Padang
é critica, mas no distrito de Pariaman é ainda pior e a cada hora que passa torna-se
ainda mais horrível”, disse o sacerdote, acrescentando que toda a cidade foi completamente
destruída.
Sobre a situação nas áreas atingidas pelo terremoto a Rádio Vaticano
ouviu o Bispo de Padang, Dom Martinus Dogma Situmorang, que também é o presidente
da Conferência Episcopal da Indonésia e da Caritas nacional.
R. As informações
são muito exporádicas e fragmentárias, porque as comunicações estão completamente
interrompidas. A intensidade do desastre é imensa: os trabalhos de escavação continuam
na busca de sobreviventes.
P. A Igreja está levando ajuda à população local?
R.
Certamente. Os nossos membros já se moveram e estão no local. Também a Caritas Internationalis
já está em contato conosco. Aquilo que eu sei é que o lugar onde vivem os nossos católicos
foi gravemente atingido, por isso os mortos serão muitos.
P. O senhor gostaria
de lança rum apelo á comunidade internacional?
R. Sem dúvida, apesar de que,
segundo eu, não tenha necessidade pois a comunidade internacional é sempre muito sensível
e muito disponível a prestar socorro. Porém, creio, que é um dever de todos nós ajudar
quem perdeu tudo. (SP)