2009-10-02 12:53:50

DOMINGO TEM INÍCIO O SÍNODO PARA A ÁFRICA


Roma, 02 out (RV) - A II Assembleia Especial para África do Sínodo dos Bispos, que se inicia no próximo domingo, é uma oportunidade para um continente que tem sido “muito sacudido por conflitos”, considera D. Gabriel Mbiling, Arcebispo do Lubango, em Angola. Numa entrevista conjunta ECCLESIA/Acção Missionária, D. Mbiling, considera que a Igreja só será ouvida se levar uma mensagem de reconciliação e de justiça, para garantir uma “paz mais duradoura”.

O Sínodo realiza-se de 4 a 25 deu utubro, com o tema “A Igreja na África a serviço da reconciliação, da justiça e da paz”, assumindo-se como uma ocasião para debater a presença, a estrutura e os desafios do catolicismo neste continente.

Após recordar a visita de Bento XVI a Angola e Camarões, em março passado, o arcebispo do Lubango sublinha a oportunidade do tema escolhido para o próximo Sínodo e assegura que garantir a paz na África é prestar “um grande serviço, não só ao continente, mas também a toda a humanidade”.

15 anos depois do primeiro Sínodo africano, muito mudou, incluindo um aumento significativo no número de católicos que passou de 102 milhões (1994) para cerca de 165 milhões de pessoas, em 2007.

Num olhar sobre esta década e meia, Dom Gabriel Mbiling destaca os países em que as lideranças políticas “tomaram consciência do seu papel de implementadores de uma sociedade mais harmônica”.

O primeiro Sínodo africano abordou questões relacionadas com a missão evangelizadora, em vista do jubileu de 2000: Esta segunda reunião dos episcopados católicos de África, que se realiza no Vaticano aborda diversos aspectos dos desafios centrais, não só à luz das problemáticas atuais na África, mas também com os seus aspectos positivos.

Entre as dificuldades evidenciadas destacam-se o etnocentrismo ou o tribalismo que muitas vezes está por detrás de outros problemas – conflitos, nepotismo e corrupção, impunidade.

O entusiasmo que se gerou com a obtenção da independência por parte das nações africanos acabou por desaparecer, muitas vezes, por causa da falência de governos, de iniciativa política ou militar. (SP)







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