BENTO XVI RESSALTA ELO ENTRE UNIVERSIDADES E JOVENS
Praga, 28 set (RV) - Após se reunir com a comunidade ecumênica da República
Tcheca no arcebispado de Praga, domingo à tarde, Bento XVI se dirigiu ao Castelo da
cidade, para o encontro com o mundo acadêmico.
"Quem lhes fala foi um professor,
atento ao direito da liberdade acadêmica e à responsabilidade para o uso autêntico
da razão" – assim o papa se dirigiu a estudantes e professores, destacando o papel
precioso que as universidades desempenham na sociedade, ao enriquecer o patrimônio
intelectual da nação.
Para o pontífice, a autonomia própria de uma universidade
encontra significado na capacidade de tornar-se responsável diante da verdade. Todavia,
esta autonomia pode se tornar vã, servindo à ideologia do materialismo, da repressão
da religião e da opressão do espírito humano.
E recordou: "O anseio pela liberdade
e pela verdade é parte inalienável da nossa comum humanidade. Este anseio jamais pode
ser eliminado e, como a história demonstrou, pode ser negado somente colocando em
perigo a própria humanidade."
É a este anseio que buscam responder a fé religiosa,
as várias artes, a filosofia, a teologia e outras disciplinas científicas, cada uma
com seu próprio método.
Por fim, o papa falou de outro aspecto essencial das
universidades: a responsabilidade de iluminar as mentes e os corações dos jovens de
hoje. Para o pontífice, deve ser restabelecida a ideia de uma formação integral, baseada
na unidade do conhecimento radicado na verdade.
O que poderá acontecer se
a nossa cultura se construir somente sobre argumentos em voga, se for separada das
raízes que lhe dão vida? A essas questões, Bento XVI responde que as nossas sociedades
não se tornarão mais racionais ou tolerantes ou sábias; pelo contrário, serão mais
frágeis e menos acolhedoras, e terão sempre mais dificuldades em reconhecer o que
é verdadeiro, nobre e bom. (BF)