2009-09-25 17:50:12

Magistério de Bento XVI – trechos sobre a África :Os africanos viram no Papa a personificação do facto que somos todos filhos e família de Deus



(25/9/2009) Ficaram-me gravadas na memória sobretudo duas sensações: por um lado, a sensação desta cordialidade quase exuberante, desta alegria, duma África em festa, e parece-me que viram no Papa, por assim dizer, a personificação do facto de sermos todos filhos e família de Deus. Existe esta família e nós, com todos os nossos limites, estamos nesta família e Deus está connosco. Digamos que a presença do Papa ajudou a sentir isto e a viver realmente na alegria.
Por outro lado, impressionou-me muito o espírito de recolhimento nas liturgias, o sentido intenso do sagrado: nas liturgias, não há auto-apresentação dos grupos, auto-animação, mas há a presença do sagrado, do próprio Deus. Até os movimentos eram sempre marcados pelo respeito e consciência da presença divina. Isto suscitou em mim uma grande impressão. ( …)
Não nos limitámos a distribuir o Instrumentum laboris para o Sínodo, mas trabalhámos também para o Sínodo. Ao entardecer do dia de S. José, reuni-me com todos os componentes do Conselho do Sínodo – 12 Bispos – e cada um falou sobre a situação da sua Igreja local. Referiram-me as suas propostas, as suas expectativas, e assim nasceu uma ideia muito rica da realidade da Igreja na África: como se move, como sofre, o que faz, quais são as esperanças, os problemas. Poderia contar muitas coisas, como, por exemplo, da Igreja na África do Sul, que teve uma experiência de reconciliação difícil, mas substancialmente bem sucedida: agora ela ajuda com as suas experiências a tentativa de reconciliação no Burúndi e procura fazer algo parecido, embora com enormes dificuldades, no Zimbabwe.
(Palavras de Bento XVI aos jornalistas durante o voo de regresso a Roma -23 de Março de 2009)









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