Luzes e sombras das sociedades africanas :a corrupção e a fraqueza do Estado-Nação
(25/9/2009) Todos os males que desestabilizam o continente africano têm origem no
coração ferido do homem. Não existe paz sem justiça e não existe justiça sem perdão.
Este é o pensamento que João Paulo II manifestou na Exortação Apostólica pos sinodal
, Reconciliatio et paenitentia, em 1984. O imperialismo ocidental gerou profundas
fracturas no tecido social africano e graves contradições no processo evolutivo politico.
A consequência ( em muitos contextos, mas não em todos) é uma evolução das suas formas
estatais bastante contorcida , caracterizada por: falte de senso do Estado e do bem
comum,fraqueza das Instituições politicas ( até ao ponto do colapso) populismo, uso
coercitivo da violência como estratégia politica, excesso de militarização (e frequentes
golpes de Estado) e finalmente una gestão dos recursos económicos de natureza neo
patrimonial e clientelar. O exemplo mais á vista é a Somália , onde entraram grupos
fundamentalistas, milícias privadas ou forças internacionais na gestão do poder e
da ordem sócio – politica. A veiculação dos valores cristãos pode revelar-se essencial
na cura daquelas feridas que marcam indeléveis a historia do continente. O testemunho
e o papel profético da Igreja são as principais formas de educação dos fiéis ao perdão,
á justiça e ao respeito recíproco .