2009-09-19 13:58:52

BANGCOC: POLÊMICA SOBRE ESCOLAS PARA IMIGRANTES


Bangcoc, 19 set (RV) - “Não ao fechamento de Centros e escolas católicas para as crianças imigradas”: esse é o apelo lançado pela sociedade civil tailandesa ao governo de Bangcoc. A comunidade católica no país, está comprometida em atividades de solidariedade, acolhida, assistência, cuida da formação das crianças de famílias de imigrantes que chegam de países vizinhos onde a situação político-social é difícil, como Myanmar, Laos, Camboja.

As crianças são muitas vezes vítimas do tráfico de seres humanos, organizado pela criminalidade e encontram nas estruturas católicas uma âncora de salvação, lugares onde reconquistar a dignidade e poder crescer em nível humano, cultural e espiritual. O novo governador da província de Ranong, Wanchat Wongchaichana, segundo refere a agência Fides, anunciou, de fato, a sua intenção de fechar todos esses Centros e escolas que se ocupam de crianças imigradas, para contrastar o fenômeno da imigração clandestina: na província são 96, muitos dos quais administrados por institutos religiosos católicos.

O anúncio gerou uma grande protesta da sociedade civil local, organizada por entidades que lutam pelos direitos humanos, por associações e movimentos eclesiais, religiosos ativos no serviço aos imigrantes. O Jesuit Refugee Service, organização muito comprometida na região, advertiu que o procedimento poderia ter como efeito um aumento do tráfico de menores, do número de crianças-soldado e da prostituição infantil, com um grande dano à comunidade civil de Ranong.

Nos Centros administrados pelos Jesuítas, encontram-se 800 crianças birmanesas, sobretudo de etnia Mon, entre os 5 e os 14 anos. Todos esperam que o anúncio do governador não seja traduzido em lei: a luta contra a clandestinidade não pode se repercutir na vida das crianças. (SP)







All the contents on this site are copyrighted ©.