Santander, 16 set (RV) - O Bispo do Santander, na Espanha, Dom Vicente Jiménez
Zamora, lamentou a “tentativa de retirar o crucifixo” dos lugares públicos, especialmente
dos colégios e hospitais, e reivindicou sua vigência porque é “símbolo universal de
paz, de amor e de entrega por outros”.
Além disso, considerou que “pedagogicamente
é bom” que os meninos aprendam as “lições” que dá o crucifixo: “a lição do perdão,
do amor de Deus ao pecador, da dignidade humana e da solidariedade com todos os crucificados
e com todas as vítimas”.
“O crucifixo é uma síntese do Evangelho e o Evangelho
não ofende a ninguém”, destacou o prelado na homilia que pronunciou na segunda-feira
no monastério de Santo Turibio por ocasião da celebração da festa da Exaltação da
Santa Cruz.
No seu discurso o bispo disse que a cruz “continua em pé como sinal
de salvação e esperança”, mas assegurou que hoje é “difícil pregar” essa mensagem
“em um mundo que é inimigo da cruz de Cristo”.
Apesar disto, ele reafirmou
que Jesus é, “agora e sempre, o centro de tudo, o ponto focal para onde dirige seu
olhar toda a história humana”, e destacou que a cruz “não é anúncio de um triste destino
de sofrimento e morte”, mas uma “mensagem triunfal de vida e salvação”.
No
monastério de Santo Turíbio de Liébana, onde Dom Jiménez Zamora fez a homilia, conserva-se
desde o século VIII o “lignum crucis”, uma relíquia que, segundo a tradição, é um
fragmento da Cruz de Cristo levado para a Espanha desde Jerusalém no século V por
Santo Turíbio, Bispo de Astorga. (SP)