Cidade do Vaticano, 15 set (RV) - Nesta terça-feira, a Igreja celebra em seu
calendário litúrgico, a memória de Nossa Senhora das Dores. No Angelus de domingo
passado, falando dessa celebração, o papa convidou os peregrinos a aprenderem da Virgem
a testemunhar a nossa fé, "prontos a pagar pessoalmente por permanecermos fiéis ao
Evangelho", na certeza de que não perdemos "nada daquilo que fazemos".
Aproveitamos
a ocasião para repercorrer algumas reflexões de Bento XVI sobre Nossa Senhora das
Dores.
Aos pés da Cruz, diante de Jesus, Maria une a sua dor à de seu Filho
e nos mostra que o amor de Deus é mais forte do que a morte. A sua dor é uma "dor
cheia de fé e de amor" – ressalta Bento XVI:
"A Virgem no Calvário participa
da potência salvífica da dor de Cristo, unindo o seu "fiat", o seu "sim", ao do Filho."
(Angelus de 17 de setembro de 2006)
Diante do sofrimento do Filho, Maria
confia em Deus. Sabe que na Cruz Jesus derramou todo o seu sangue para libertar a
humanidade da escravidão do pecado:
"A Virgem Maria, que acreditou na Palavra
do Senhor, não perdeu a sua fé em Deus quando viu o seu Filho rejeitado, ultrajado
e colocado na Cruz. Permaneceu diante d'Ele, sofrendo e rezando, até o fim. E viu
o alvorecer radioso da sua Ressurreição." (Angelus de 13 de setembro de 2009)
Maria
nos ensina que "quanto mais o homem se aproxima de Deus, mais se aproxima dos homens"
– observa o pontífice. O fato de Maria, na hora da Cruz, ter permanecido "totalmente
junto a Deus, é a razão pela qual se faz também tão próxima dos homens":
Por
isso pode ser a Mãe de toda consolação e de toda ajuda, uma Mãe à qual em qualquer
necessidade qualquer um pode dirigir-se em sua fraqueza e em seu pecado, porque ela
acolhe todos e para todos é força aberta da bondade criativa." (Santa Missa de 8 de
dezembro de 2005)
O Santo Padre convida-nos a contemplarmos Maria, aos pés
da Cruz, "associada intimamente à missão de Cristo e co-participante da obra de salvação
com a sua dor de Mãe":
"No Calvário Jesus a doou a nós como mãe e confiou-nos
a ela como filhos. Que Nossa Senhora das Dores nos conceda o dom de seguir o seu Filho
divino crucificado, e abraçar com serenidade as dificuldades e as provações da existência
humana." (Discurso às monjas clarissas, 15 de setembro de 2007) (RL)