2009-09-14 16:43:52

PAPA NA EXALTAÇÃO DA CRUZ: O CRUCIFICADO MOSTRA QUE O AMOR DE DEUS É MAIS FORTE DO QUE A MORTE


Cidade do Vaticano, 14 set (RV) - A Igreja celebra, nesta segunda-feira, a festa da Exaltação da Santa Cruz. Trata-se de uma data que nos impele a "testemunhar a nossa fé com uma vida de humilde serviço, prontos a pagar pessoalmente por permanecer fiel ao Evangelho da caridade e da verdade" – afirmou ontem o papa no Angelus dominical.

"O sinal da Cruz é, de certo modo, a síntese da nossa fé porque nos diz como Deus nos amou; nos diz que, no mundo, há um amor mais forte do que a morte." No dia 14 de setembro do ano passado, o Santo Padre ressaltava, desse modo, o significado da festa da Exaltação da Santa Cruz.

Bento XVI encontrava-se em peregrinação em Lourdes – na França – um lugar de onde Maria nos convida "a elevar o olhar para a Cruz de Jesus para encontrarmos a fonte da vida, a fonte da Salvação". "Para sermos curados do pecado, olhemos o Cristo crucificado!" – exortava Santo Agostinho.

A Igreja convida-nos "a elevarmos essa Cruz gloriosa com convicção, a fim de que o mundo possa ver até onde chegou o amor do Crucificado pelos homens" – convidava-nos o pontífice na referida ocasião.

Por isso, o sinal da Cruz é "o gesto fundamental da oração do cristão":

"Traçar em si mesmo o sinal da Cruz é pronunciar um sim visível e público Àquele que morreu por nós e que ressuscitou, ao Deus que na humildade e fraqueza de seu amor é o Onipotente, mais forte do que toda a potência e inteligência do mundo." (Angelus, 11 de setembro de 2005)

"Quão admirável é possuir a Cruz! Quem a tem, tem um tesouro" – afirmava Santo André de Creta. E, no entanto, para o mundo a Cruz é escândalo, um patíbulo infamante. Mas os cristãos "não exaltam uma cruz qualquer, mas aquela Cruz que Jesus santificou com o seu sacrifício, fruto e testemunho de um imenso amor" – explica o papa:

"Cristo na Cruz derramou todo o seu sangue para libertar a humanidade da escravidão do pecado e da morte. Por isso, de sinal de maldição, a Cruz transformou-se em sinal de bênção, de símbolo por excelência do Amor que vence o ódio e a violência e gera a vida imortal." (Angelus, 17 de setembro de 2006)

Ademais, Bento XVI ressalta o laço indissolúvel entre a celebração eucarística e o mistério da Cruz, binômio reiterado na Exortação pós-sinodal "Sacramentum Caritatis":

"A Eucaristia é mistério de morte e de glória como a Cruz, que não é um acidente de percurso, mas a passagem mediante a qual Cristo entrou em sua glória (cfr Lc 24, 26) e reconciliou a humanidade inteira, derrotando toda inimizade." (Angelus, 11 de setembro de 2005) (RL)







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