Para nos salvarmos serve uma vida e comportamento puríssimos, salientou Bento XVI
antes da recitação do Angelus com o convite aos cristãos a serem corajosos na fidelidade
ao Evangelho
(13/9/2009) A fé não basta para se salvar: serve também uma vida recta e o amor puro
e generoso para com o próximo, os irmãos: recordou Bento XVI antes da recitação da
oração mariana do Angelus do meio dia com os milhares de fiéis congregados neste domingo
no pátio interno do palácio pontificio de Castelgandolfo. O Papa citou estas palavras
severas de São João Crisóstomo para comentar a afirmação do Evangelho deste XXIV Domingo
do Tempo Comum “ esta é a vida eterna: que te conheçam a Ti, por único Deus verdadeiro,
fazendo seu o convite do antigo padre da Igreja a “não pensar que este versículo seja
suficiente para nos salvarmos: são necessários uma vida e um comportamento puríssimos
. “Jesus – recordou Bento XVI - não veio ensinar-nos uma filosofia, mas a mostra-nos
um caminho, melhor ainda, o caminho que conduz á vida. Este caminho é o amor, que
é expressão da verdadeira fé. Se um ama o próximo com coração puro e generoso quer
dizer que conhece verdadeiramente Deus. Se pelo contrário alguém diz que tem fé mas
não ama os irmãos, não é um verdadeiro crente. Deus não mora nele, porque como afirma
claramente São Tiago na segunda leitura da Missa deste Domingo, “ a fé sem as obras
está pura e simplesmente morta”. Queridos amigos - prosseguiu depois o Papa –
amanhã celebraremos a festa da Exaltação da Santa Cruz., e no dia seguinte Nossa
Senhora das Dores. A Virgem Maria que acreditou na Palavra do Senhor, não perdeu
a sua fé em Deus quando viu o seu Filho recusado, ultrajado e crucificado. Permaneceu
ao pé de Jesus, sofrendo e orando até ao fim. E viu a aurora radiosa da Sua Ressurreição. Aprendamos
dela – concluiu - a testemunhar a nossa fé com uma vida de serviço humilde, prontos
a pagar pessoalmente para permanecermos fiéis ao Evangelho da caridade e da verdade,
certos de que nada se perde de tudo aquilo que fazemos.