Rio de Janeiro, 11 set (RV) - O material da Campanha da Fraternidade 2010 foi
apresentando ontem, no Rio de Janeiro, aos pés do Cristo Redentor.
Com o tema
"Economia e Vida" e o lema, "Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro", a CF 2010
será ecumênica, organizada em parceria com o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs
no Brasil (Conic).
Participaram do lançamento, entre outros, o presidente
do Conic, Pastor Carlos Möller, o secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos
do Brasil, Dom Dimas Lara Barbosa, o arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta.
O
secretário-geral do Conic, Reverendo Luiz Alberto Barbosa, fez a apresentação do tema,
destacando trechos bíblicos que serviram de inspiração e embasaram o objetivo geral
da campanha, a ser iniciada no dia 17 de fevereiro, quarta-feira de Cinzas. Sempre
a partir do texto da Bíblia, o reverendo enfatizou a necessidade da formação de militantes,
de uma política sindical que lute pelos direitos "dos pobres sem trabalho, sem moradia,
sem garantias de sustento para si e suas famílias".
Outro convidado foi a
Senadora Marina Silva, que condenou o modelo capitalista do lucro rápido e abundante
e a sociedade pragmática. "O amor ao próximo e a si mesmo cria o círculo virtuoso
que rompe a crueldade desse mundo em que você não pode ser utópico, idealista nem
sonhador" – disse a senadora.
O representante dos Direitos Humanos na Presidência
da República, Perly Cipriano, afirmou que todos devem trabalhar por uma sociedade
mais justa, fraterna e solidária. "É preciso que eu olhe para trás para ver o irmão
e pensar: será que ele é atendido em suas necessidades?" – defendeu.
Por sua
vez, o economista Paul Singer, secretário de Economia Solidária do Ministério do Trabalho,
destacou o êxito do programa que dirige e que tem convênios com 26 dos 37 ministérios
do Executivo. "Eu sonhava com uma Campanha da Fraternidade sobre economia e vida,
porque nós temos várias economias e vidas nesse país de quase 200 milhões de pessoas"
– disse.
O texto-base afirma que as comunidades cristãs precisam resistir
à tentação de transformar o culto a Deus em moeda para a obtenção de prosperidade.
"O cristão é um servidor, não alguém que recorre a Deus em busca de favores" – diz
o trecho na página 66 do documento. (BF)